Treinador do Alviverde gosta de conversar com os jogadores, tenta buscar justiça no dia a dia e gosta de dar treinos que duram horas
O comandante palmeirense gosta de conversar bastante com os jogadores, ao melhor estilo professor. Ele reúne o elenco na sala de imprensa (sem a presença dos jornalistas) e fica pelo menos 30 minutos discutindo questões táticas. Quando necessário, cita nominalmente alguém, mas prefere adotar um discurso coletivo.
Com a bola rolando, grita, orienta e tenta fazer o grupo captar o mais rápido possível o que ele deseja. Dificilmente um treino dele dura menos que duas horas. Na quinta-feira, foram 3h15. Na sexta-feira, por exemplo, deu muito mais atenção aos reservas do que aos titulares. “Um dia vou precisar desses ‘caras’ considerados reservas. Os treinando no mesmo nível dos titulares, eles não vão sentir quando iniciarem a partida”, justificou.
Oswaldo também gosta e demonstra que não tem titular absoluto com ele. Prova disso, foi a escolha de Maikon Leite como titular no lugar de Dudu no clássico com o Corinthians. Ele tem uma base em sua cabeça, mas parece flexível para fazer alterações. Até agora, só cinco jogadores foram titulares em todos os jogos no Paulistão com ele: Fernando Prass, Lucas, Vitor Hugo, Gabriel e Allione. “A gente conversa bastante e ele deixa claro que quem mostrar serviço vai jogar. Isso dá confiança para todo mundo buscar seu espaço”, explica Robinho.
O treinador também dá oportunidade para os atletas opinarem.
No jogo contra o Rio Claro, por exemplo, o time estava com dificuldades no primeiro tempo. No intervalo, ele ouviu uma sugestão de Robinho para mudar seu posicionamento, fez a mudança e o time deslanchou.
Mas nem tudo são flores com o treinador. Algo que claramente o tira do sério é pressão para escalar um determinado jogador seja ela de quem for. “A responsabilidade é minha. Só peço para que confiem no que estou fazendo. Estou vendo os treinos e sei o que é melhor para o Palmeiras”, avisa.
Dentro desta pressão, a torcida espera por Arouca, mas terá de aguardar mais um pouco. Oswaldo havia garantido a presença do ex-santista no jogo deste domingo, contra o Penapolense, mas avisou que ele não vai nem sequer para o banco.
O mesmo vale para Valdivia, que era esperado em campo no dia 28, contra o Capivariano. O chileno pode estrear dia 7 de março, contra o Bragantino.
Fonte: Estadão
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