Coletiva – Satisfeito, Oswaldo elogia Verdão e golaço de Robinho: ‘Espetacular’

Com uma ótima apresentação, o Verdão superou o São Paulo por 3 a 0, nesta quarta-feira (25), no Allianz Parque, e engatou a terceira vitória seguida no Campeonato Paulista.

O Palmeiras venceu o seu primeiro clássico de 2015. Minutos após derrotar o rival tricolor, o técnico Oswaldo de Oliveira avaliou o rendimento verde e branco em campo e apontou os fatores decisivos para mais um triunfo no torneio regional.

“Tivemos dois detalhes importantes que nos favoreceram, o gol e depois a expulsão. Claro que os dois fatores nos ajudaram, além de ficarmos em vantagem numericamente e psicologicamente. Acredito que, em condições normais, poderíamos até ter ganhado o jogo, mas teria sido uma tarefa muito mais difícil”, disse. “As circunstâncias do jogo nos favoreceram, mas temos de batalhar muito porque encontraremos adversários de grande valor lá na frente. Temos de ter a mesma disciplina e obediência”, emendou.

O comandante destacou a importância do golaço de Robinho para o restante do time.

“Continuo considerando um jogo normal, não decisivo. Foi um jogo com eventualidades importantes. O gol do Robinho foi espetacular, isso deu muita moral para o time prosseguir na partida. O nosso time se animou muito, ficou motivado com aquela situação de início de jogo. Temos de aproveitar essa situação de muita motivação que os nossos jogadores estão. Que isso tenha ampliado o convívio com a torcida e nos ajude a progredir”, falou, citando a evolução palmeirense no confronto desta quarta.

Robinho comemora depois de marcar gol de placa no clássico. (Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

Robinho comemora depois de marcar gol de placa no clássico. (Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

“De hoje até o próximo jogo, podemos nos considerar de alma lavada, mas o mais importante é o que conseguiremos contrair de importante. O crescimento da equipe é a comprovação do que o time vem tentando mostrar. Tivemos uma equipe comportada e disciplinada taticamente. Conviver com o jogo na medida do que se apresenta. O nosso time aprendeu muito isso, e é uma lição que tem de ser repetida. Se conseguirmos repetir nos próximos jogos, o nosso time crescerá bastante”, declarou.

O Palmeiras volta a campo no próximo domingo (29), às 18h30, para enfrentar o Red Bull Brasil, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas-SP, pela 13a rodada do Campeonato Paulista. No dia 04 de abril (sábado), às 18h30, será a vez de encarar o Mogi Mirim, no Allianz Parque, em São Paulo-SP.

Confira a entrevista coletiva de Oswaldo na íntegra:

Principais pontos da entrevista coletiva:

POSTURA DA EQUIPE EM RELAÇÃO AO CLÁSSICO CONTRA O SANTOS

– Temos de insistir para que isso aconteça repetidamente. Temos um elenco que é capaz. Nosso trabalho vai seguir nessa direção. Falei que naquela vez fiquei muito triste, porque em 15 minutos fizemos tudo o que precisávamos fazer, e não conseguimos manter isso, acabamos perdendo o jogo. Hoje tem dois detalhes muito importantes que nos favoreceram, é inegável: foi o gol surpreendente e depois a expulsão. Claro que esses dois fatores nos ajudaram, numericamente e psicologicamente. Isso foi preponderante, facilitou nossas ações. Acredito que em condições normais poderíamos até ganhar o jogo, mas teria sido uma tarefa muito mais difícil.

JOGO PARA ALIVIAR?

– Para a tabela muda muito porque ultrapassamos o São Paulo. Se mantivermos isso, tiverem aquelas coincidências de jogos no fim de semana da fase decisiva, vamos ter a vantagem de jogar em casa. Isso é o mais importante. Eu continuo considerando um jogo normal, não foi decisivo. Foi um jogo com eventualidades muito importantes. O gol do Robinho foi espetacular. Isso deu muita moral para o nosso time prosseguir na partida, nosso time se animou muito, ficou muito motivado com aquela situação bem no início do jogo. Temos de aproveitar essa situação de muita motivação que os nossos jogadores estão. Que isso tenha ampliado o convívio com a torcida e nos ajude a progredir. Que eles respeitem mais o que têm de fazer dentro de campo, é importantíssimo para vencer partidas.

O QUE MUDA PARA O TIME?

– O mais importante é o que vamos conseguir contrair de valor para essa vitória. O crescimento da equipe, a comprovação daquilo que a gente vem tentando mostrar, o comportamento tático da equipe, de conviver com o jogo à medida que o jogo se apresenta. Hoje teve uma lição que espero que seja repetida, que a gente consiga repetir. Se conseguirmos nos próximos jogos, nosso time vai crescer bastante.

BLITZ DO PALMEIRAS NO INÍCIO

– A gente tem insistido muito nessa situação. Foi a terceira vez que aconteceu nos favorecendo. Contra Corinthians, depois contra o Bragantino ou o XV de Novembro. Temos de aprender a conviver com isso, aprender a jogar. Sempre digo isso aos meus times. Tem de saber jogar com um a mais precisando fazer o gol e precisando se defender. E com um a menos também. Tem de saber como se comportar. Claro que a motivação, o que te dá a condição, é saber que você precisa atuar de forma diferente. Se o adversário tem um homem a menos em campo, você precisa fazer ele se espaçar, fazer a bola circular para que aconteçam os espaços. No primeiro tempo ainda não estava muito legal. No intervalo conversei com eles, aí sim, o São Paulo praticamente não chegou ao nosso campo. Foi um domínio absoluto. O São Paulo tinha um homem a menos e tínhamos a vantagem no marcador, dava a tranquilidade de tirá-los da muralha defensiva. Fizemos só um gol no segundo tempo, mas criamos mais oportunidades.

PODERIA SER MAIOR O PLACAR?

– É natural que em um determinado momento, depois de fazermos o terceiro gol, dê aquele alívio, aquela tranquilidade. Você deixar Michel Bastos, Alan Kardec, Carlinhos respirarem dentro do campo, é muito difícil. Tínhamos de insistir para acuar o São Paulo e não dar chances a eles. Houve um momento que quebrou nosso ritmo. Até poderia ser, mas não ia nos ajudar em nada. Isso aumenta a confiança, vai para a estatística, para a história, mas acho que do jeito que foi está muito bom. Precisamos ter a humildade de reconhecer que as circunstâncias do jogo nos favoreceram, que vamos ter de batalhar muito. Vamos encontrar adversários de grande valor lá na frente e precisamos estar dispostos, com confiança, disciplina e obediência.

AGRESSIVIDADE DO ATAQUE

– O primeiro gol foi fruto disso. O Rogério rebateu mal a bola porque estava pressionado. Isso é uma coisa que exigimos muito e trabalhamos muito para que aconteça. Precisamos evoluir. Contra o Santos, conseguimos fazer durante 15 minutos. Hoje fizemos mais tempo, mas é inegável que as circunstâncias do jogo também nos ajudaram bastante.

OBJETIVO

– Temos de olhar, porque não podemos quebrar nosso ritmo. Temos de cumprir isso. Tudo isso é importante para nós, sim, mas o mais importante é a determinação de seguir buscando, melhorando. Não podemos esquecer nunca. A vitória, com os louros e o que nos traz de bom, ficou para trás. O que fica é a realidade.

DUDU

– É um jogador de muita qualidade. Ele sentiu muito aquela chegada dele. As circunstâncias da chegada, a disputa que houve, que todos comentam, enfim, acho que aquilo foi um peso no início. Falou-se muito disso. Ele é muito jovem. Gradativamente ele está conseguindo superar isso e fazer partidas como fez hoje. Foi determinante. O que tenho provocado nele é que não pode oscilar. Tem de procurar manter, ir daí para cima, para frente.

GOL DO ROBINHO/COMPARAÇÃO COM GOL DO ALEX

– Um golaço, lindo, de presença de espírito, de técnica do jogador. Será muito lembrado. Aquele gol do Alex acho que foi em uma fase final de Campeonato Paulista, lembro que fui ao Morumbi assistir a esse jogo, eu trabalhava no Corinthians… De qualquer maneira, é um golaço. Pela presença de espírito e pela execução da técnica. Vai ficar marcado.

ATUAÇÃO DO RAFAEL MARQUES É VITÓRIA PESSOAL?

– Não vejo assim porque o Rafael é um produto da minha fábrica. Falamos disso. Querem rotular o jogador, a relação com o treinador… Nada a ver. É um craque e acabou. Ele faz golaços. Fez pelo Botafogo, o conheço há bastante tempo, e ele nunca deu a chance de sentir nada contra ele. No último jogo ele foi bem, taticamente muito obediente. É um jogador de futebol como outro qualquer.

CABEÇA NO LUGAR

– Minha conversa no intervalo começou com esse assunto. Eu disse que tínhamos vantagem no marcador e numérica que não poderíamos perder. Que o comportamento seria a dica para que a gente mantivesse esse tipo de coisa. Iniciei falando isso, depois disse outras coisas. Especialmente o Dudu, que foi muito provocado, foi muito bem. Tranquilo, frio quando teve de ser, isso é um mérito e uma demonstração de amadurecimento da equipe.

Author: MP

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