Adaptado ao novo clube, atacante nega qualquer polêmica e reitera importância da arquibancada: “Não vamos vencer sempre. E eles precisam estar ao nosso lado”
Das 19 contratações do Palmeiras para 2015, Dudu foi o maior investimento da diretoria alviverde no início da temporada. O atacante foi disputado pelos rivais Corinthians e São Paulo, mas o Verdão foi mais rápido no mercado e desembolsou três milhões de euros para tirar o jogador do Dinamo de Kiev, da Ucrânia.
Apesar de ter pouco mais de dois meses de clube, e apenas dez partidas com a camisa palmeirense, Dudu já se vê adaptado ao Verdão. Mas pede paciência aos torcedores e reitera que o time comandado por Oswaldo de Oliveira ainda está em formação.
– Desde o primeiro dia que eu cheguei ao Palmeiras, fui tratado com muito carinho pelos torcedores, pelas pessoas que trabalham aqui. Desde o primeiro dia que cheguei ao clube, me senti em casa. Tenho muito a evoluir dentro do clube – afirmou.
– O time está em entrosamento, se conhecendo. Temos pouco menos de dois meses de trabalho. Desses dois meses, 20 ou 25 dias foi trabalho físico. Não nos encaixamos ainda, mas sei que o time vai se encaixar porque tem bom jogadores. Não vamos vencer sempre, vai ter momentos que vamos passar por dificuldades. E eles (torcedores) precisam estar ao nosso lado também nesses momentos, como eles estiveram sempre estiveram nos apoiando – completou.
No último domingo, o Palmeiras sofreu para furar a retranca do XV de Piracicaba. A impaciência da torcida, principalmente com Allione ainda na primeira etapa, gerou até uma manifestação de Dudu após o fim do jogo. Apesar do desabafo, o atacante destaca a importância e a força da arquibancada e rejeita a ideia de qualquer polêmica.
– Cobrança é normal. Naquele momento não era para criticar, era para apoiar porque ainda estávamos empatando o jogo. Mas isso é tranquilo. Vão vir críticas e elogios, temos de estar preparados para tudo. Não tenho críticas aos torcedores do Palmeiras. Como eu vou criticar um clube que tem 100 mil sócios-torcedores, uma torcida que tem 30 mil pessoas no estádio todo jogo? Como eu vou criticar uma torcida dessa?
– Sempre que eles gritam meu nome no estádio sinto que é com vontade. Quando eu entro em campo, também estou com vontade de defender esse clube, de ganhar. Ninguém aqui entra com vontade de perder, de não fazer gol, de não chutar. Eu vou sempre chutar, driblar na hora que tem de driblar, vou tocar a hora que tiver de tocar. Ali dentro nós sabemos o momento – disse.
Oswaldo de Oliveira e alguns jogadores do Palmeiras ressaltaram nas últimas semanas a necessidade de tempo na formação da equipe. No clube, a sensação é de que o time deve chegar para a fase final do Campeonato Paulista, em abril, fortalecido e mais entrosado.
Até lá, os palmeirenses afirmam que o apoio dos torcedores é fundamental nessa importante etapa de reformulação do plantel alviverde. Com média de mais de 26 mil pessoas por partida, o Palmeiras tem atuado com casa cheia em praticamente todos os jogos da temporada.
– Eles têm de ter um pouco de paciência, apoiar. Esperamos fazer um bom ano, dar alegria aos torcedores que carecem disso. Ano passado foi difícil e entendemos a torcida. O Palmeiras fez grandes contratações, eles querem logo o resultado. As coisas não vão acontecer de uma hora para outra. Mas o grupo está bem focado para fazer um grande ano – afirmou Dudu.
Fonte: Globoesporte