Oswaldo deu “nó tático” no SCCP de Tite e Palmeiras vai para a final!

Oswaldo muda o 4-2-3-1, dá “nó tático” na intensidade de Tite e coloca Palmeiras na final

Oswaldo de Oliveira estudou o Corinthians. Sabedor da intensidade do temido time de Tite, o técnico palmeirense posicionou Valdívia como “falso-9” no 4-2-3-1 de sempre. Sua função era recuar com a bola e armar para a linha de meias, especialmente os pontas Rafael Marques e Dudu, como na figura abaixo.


Sem Elias e Renato Augusto, Tite mudou: sai o 4-1-4-1, entra o 4-2-3-1. A dinâmica mudou: o Timão passou a apostar pelas pontas, com Mendoza e a inversão de Jadson e Danilo, pegando o “lado fraco” do Palmeiras com o improvisado Wellington.

Nos minutos iniciais, a estratégia escolhida pelo técnico palestrino funcionou: o Palmeiras se postou atrás da linha da bola, e quando roubava, acionava Valdívia e ligava Dudu. Ensaiou uma, conseguiu duas e fez o gol com Victor Ramos, tirando o conforto e expondo o Corinthians, que não armava bem o jogo com Ralf preso aos zagueiros. Veja o frame.

 

Tite agiu e orientou Jadson a recuar para acelerar as ações ofensivas. Além disso, posicionou Danilo mais perto de Love, Mendoza bem aberto na esquerda e Fagner passando muito na direita. Com isso, eram 3 opções de lançamentos – sim, a ligação direta – que agilizava o ataque do Timão.

Deu certo: Danilo empatou, Mendoza desempatou. Observe que o lance do gol do camisa 30 vem de uma rebatida de um zagueiro. Bruno Henrique recuperou e já acionou Mendoza. Veja, no imagem abaixo, que o lateral, lá em cima, já corre pra ultrapassar. Esse é o Corinthians: intenso, muito intenso na transição. Mas será que propõe?


Ele é criticado, leva a culpa e não ganha jogo. Mas técnico ajuda, e muito, a fazer bons jogos. Oswaldo de Oliveira tirou Lucas, mal fisicamente, e colocou Cleiton Xavier junto a Valdívia, jogando Gabriel pra lateral. Uma espécie de 4-2-4-0, sem ninguém fixo no ataque.

O mais desavisado poderia pensar: “jogar sem centroavante, que loucura!”. A estratégia era aumentar a critatividade com 2 meias “tradicionais” e 2 pontas que buscavam cortar e penetrar. O Palmeiras aumentou a posse para 70%, atacava, buscava opções…e a bola rebatia.

Porque o Corinthians é um time marcador. Isso não é ser moderno, isso é ser 50% moderno! Tal como Mourinho e Simeone, Tite recuou muito e deu campo ao Palmeiras, buscando sempre a transição. Compactou o Timão em absurdas 2 linhas com 10, 20 metros entre si. Tentou tirar, ao máximo, o espaço do Palmeiras, como na imagem abaixo.

 

Oswaldo ousou ainda mais: colocou Kelvin na lateral e Gabriel Jesus na frente. Partiu para o ataque encurralando o Corinthians e tirando toda a forte transição do rival com Arouca. Se o jogo era para os lados, Gabriel e o camisa 29 passavam. Se era pelo centro, Gabriel recuava e Robinho se projetava.

A gama de movimentos ofensivos pensada pelo técnico deu um nó no Corinthians, que praticamente só se defendeu na segunda etapa. “Rafael Marques é craque”, diria Oswaldo…e foi dele o gol que igualou o placar e coroou o baile tático de Oswaldo de Oliveira no tão falado, moderno e estudioso Tite.

 

Se penalidades é loteria, havia Prass e Petros para devolver a alegria ao palmeirense, que tanto corneta. É dever reconhecer, sempre: há 4 meses o Palmeiras quase caiu de divisão. Hoje elimina o temido e invicto Corinthians, na Arena Corinthians. Isso tem nome: Alexandre Mattos, Paulo Nobre e Oswaldo de Oliveira, “mentores” do trabalho de renovação e resgate do octacampeão brasileiro.

Author: MP

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