Depois de empatar em 2 a 2 no tempo regulamentar, o Palmeiras eliminou o Corinthians nos pênaltis e classificou-se para a grande decisão do Campeonato Paulista.
Jogando fora de casa, o Verdão saiu à frente no placar, sofreu a virada e depois igualou o marcador com o atacante Rafael Marques. O técnico Oswaldo de Oliveira, por sua vez, não poupou elogios à atuação palmeirense na Arena em Itaquera.
Ouça na íntegra a coletiva de Oswaldo:
“É realmente muito importante esta classificação. Ainda não tinha levado em consideração da importância, é o divisor de águas. Ouvi essa expressão várias vezes. Temos de valorizar muito. O Corinthians é uma equipe muito difícil de ser batida, fazer dois gols neles é uma tarefa muito difícil”, declarou o treinador, que destacou a postura da equipe durante os 90 minutos.
“Sou obrigado a caricaturar o meu amigo Muricy (Ramalho): é trabalho! Vamos para o campo, a gente insiste, insiste, repete os trabalhos de compactação, oito contra oito, nove contra nove… Procuramos provocar o tempo todo a transição, tanto ofensiva quanto defensivamente. Por isso fico muito satisfeito”, comentou.
Atrás no placar durante um período do duelo, Oswaldo de Oliveira mostrou muita ousadia em suas substituições, principalmente quando tirou o zagueiro Wellington, que atuou como lateral-esquerdo improvisado, para colocar o atacante Kelvin para fazer a mesma função, porém com mais ofensividade.
“Precisava correr o risco, era inadmissível que eu não tentasse. Se levássemos um gol, já estávamos perdendo mesmo. Se fizesse, buscaria a classificação. Você tem de botar a cara para bater, hoje (domingo) correu tudo bem. Hoje, o maior risco foi o Kelvin na lateral esquerda, eu nem tinha testado ele por ali. Não deu para fazer esse tipo de experiência com ele”, contou.
No início do segundo tempo, Cleiton Xavier substituiu Lucas, fazendo com que o volante Gabriel passasse à lateral direita e o meio de campo alviverde contasse com Arouca, Robinho, Cleiton Xavier e Valdivia.
“Com a presença do Robinho ao lado do Arouca e do Cleiton, o nosso time ficou com mais volume, mais qualidade. Depois, quando senti que o Valdivia não tinha mais condições de prosseguir na partida, fiz outra substituição também previsível. O Cleiton iria entrar no lugar dele”, explicou o comandante, que tirou o camisa 10 para a entrada do jovem Gabriel Jesus.
Decisivo na classificação palmeirense à final do Paulistão, Rafael Marques também foi lembrado pelo técnico durante a entrevista coletiva.
“Por isso os treinadores têm de ser levados mais à sério em suas atitudes. Às vezes, você pensa e não dá certo, às vezes dá. Depois do que ele mostrou no Botafogo, não se justifica fazer qualquer tipo de crítica, e ele tem mostrado isso. Parece que há um pouco de mania, as pessoas olham para trás para refletir alguma coisa pessimista”, disse o palestrino, relembrando os momentos que antecederam a disputa de penalidades máximas.
“Quando você vai para um momento decisivo, o jogador precisa estar bem no emocional, no psique. Dependendo do jogador, se ele for estimulado, se agiganta e perde o medo. Por outro lado, se deixar que ele reaja sozinho, pode se deprimir e perder a confiança. Usei algumas palavras ali só para jogar o moral para cima”, lembrou.
Por fim, Oswaldo foi contundente quando questionado sobre ganhar o título do Campeonato Paulista.
“Por isso estabeleci esse jogo como divisor de águas. Estamos prontos. É a confirmação daquilo que venho tentando convencer os jogadores, convencer daquilo que eu coloco para eles. Uma vitória assim, da maneira que aconteceu, enche a equipe de confiança e motivação para chegar às finais”, finalizou.
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