Pós-Jogo: Ninguém chuta para o gol? Palmeiras 1×1 Internacional

 Para 36.199 torcedores, o Palmeiras entrou em campo na noite de quinta-feira, mas a superioridade na partida não se traduziu em gols e o Verdão amargou o empate

Diego Garcia Barboza (@diegogarbar)
Redação Mídia Palmeirense
Vitor Hugo marcou o tento alviverde. (Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

Vitor Hugo marcou o tento alviverde. (Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

Com a vitória no Derby de domingo, eram esperados efeitos positivos para o Palmeiras. Primeiro, que dentro de campo o time finalmente deslanchasse e, além disso, que as arquibancadas do Allianz Parque estivessem lotadas. O torcedor correspondeu com a expectativa e compareceu em grande número para o jogo. Horas antes da partida, restavam menos de 2500 ingressos para a torcida palmeirense. Isso porém, não se traduziu em apoio ao time, já que o protesto silencioso (e ensurdecedor) das torcidas organizadas no Gol Norte, mais uma vez congelou o caldeirão alviverde no 1º tempo. Foram mais 45 minutos de silêncio, nessa Guerra Fria entre torcida e diretoria, em que a grande vítima parece ser o time dentro de campo. No 2º tempo, com o apoio de todos os presentes, o espírito do antigo Palestra Itália ressuscitou.

O Palmeiras entrou em campo para 36.199 torcedores na noite desta quinta-feira, com a equipe que Oswaldo de Oliveira esboçou no treino de quarta-feira. O seu 4-2-3-1 formado por Prass, Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel e Arouca; Kelvin, Zé Roberto e Dudu; Rafael Marques. Com a entrada de Dudu no lugar de Valdívia, era esperado que o time ganharia em velocidade, mas perderia qualidade no toque de bola. Mas, após o bom futebol do último jogo, parecia que o time embalaria e finalmente conseguiria a sua 1ª vitória em casa no campeonato. O Inter sempre foi um adversário difícil e o nosso último triunfo data de 2010. Porém a confiança era geral.

Em campo, provavelmente todos que assistiram à partida tiveram a mesma sensação. O time consegue se impor, apresenta volume de jogo, cria, abre espaços, coloca o jogador em condição de finalizar e, no momento de bater para o gol, ele hesita. Resolve dar mais um toque para procurar um companheiro em melhor condição de finalização. Não que o número de finalizações tenha sido baixo (foram 12 ao total), mas o Palmeiras deixou de arriscar em momentos de perigo, que poderiam resultar em gol. Em contrapartida, o Inter chegou praticamente apenas 2 vezes em condição de fazer o gol e conseguiu fazê-lo em um lance de sorte. É aquele velho ditado do futebol: Quem não faz, toma..

O JOGO

Os times já estavam em campo, quando Paulão do Inter foi obrigado pelo árbitro a trocar o meião. Alex não deu o toque inicial, esperando o companheiro e o árbitro lhe deu um cartão amarelo antes mesmo do início da partida. Com 1 minuto o Inter foi ao ataque em velocidade, mas não levou perigo a Fernando Prass. O Verdão começou o jogo marcando sob pressão no ataque e adiantando os seus jogadores. Rafael Marques conseguiu atrapalhar o jogador adversário na intermediária e a bola foi para a lateral. Ele mesmo cobrou rapidamente para Gabriel, que saiu em disparada e tocou por cobertura na saída de Alisson, mas Juan salvou de cabeça em cima da linha. Grande oportunidade.

Aos 22, em jogada pelo meio, Egídio achou Rafael Marques um pouco à frente, o atacante do Verdão conduziu a bola e disparou forte chute de fora da área, obrigando o goleiro adversário a fazer boa defesa. Os atacantes do Palmeiras trocavam constantemente de posição; Rafael Marques caia pelos dois lados do campo, Dudu atacava em velocidade pela esquerda, Kelvin descia pela direita, e Zé Roberto armava e aparecia para finalizar na área. Aos 28, em boa jogada de Lucas pela direita, o lateral tocou para Kelvin, que tocou para Dudu, o camisa 7 fez a parede e rolou para Zé Roberto chegar batendo com força, mas para fora. Boa jogada. O Inter estava recuado, esperando as brechas deixadas pelo Palmeiras para o contra-ataque, mas não conseguia incomodar. O Verdão tinha 60% de posse de bola, criava muito e envolvia o Inter com velocidade, mas pecava no arremate final. Foram 7 finalizações Verdes contra 1 do adversário. E assim acabou o 1º tempo.

Dudu retornou ao time após efeito suspensivo. (Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

Dudu retornou ao time após efeito suspensivo. (Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

Na segunda etapa as torcidas acordaram e resolveram apoiar o time. O Palmeiras voltou do intervalo com a mesma pegada da etapa inicial, pressionando o Inter em seu campo de defesa, tentando forçar um erro. Aos 13, após boa troca de passes, Rafael Marques bateu de fora da área para a defesa de Alisson. O Inter tentava encaixar o contra-ataque com velocidade, mas as jogadas não tinham continuação. Aos 19, finalmente saiu o gol do Verdão! Cobrança de escanteio de Zé Roberto e Vitor Hugo cabeceia para o chão, para abrir o placar. Foi o 5º gol dele com a camisa do Palmeiras.

O Palmeiras fez a sua 1ª substituição na partida, sai Kelvin e entra Cleiton Xavier. O adversário também mudou. Saiu Nilton e entrou Rafael Moura. Aos 31, mais um atacante no time do Inter, lateral Artur sai para a entrada Vitinho. Logo em seguida, em jogada pela lateral esquerda, Vitinho vai à linha de fundo e cruza, Prass sai socando a bola, mas ela explode na cabeça de Rafael Moura, que já estava fora da jogada e volta para o gol. Empate no Allianz Parque. O Palmeiras criou inúmeras oportunidades de perigo durante o 2º tempo, mas todas desperdiçadas no último toque. Cristaldo entrou no lugar de Zé Roberto aos 38. Aos 40, Prass ainda faria 2 milagres com os pés, em chutes de dentro da área de Rafael Moura e Vitinho. Amaral entrou no lugar de Arouca aos 42. A partida foi até os 49, mas nada mais aconteceu. Empate amargo para a torcida Palestrina.

O Palmeiras mais uma vez não fez um mau jogo, mas novamente inúmeras oportunidades foram desperdiçadas pelo ataque. Dudu não foi bem jogando aberto pela esquerda, se destacou mais atuando pelo meio no 2º tempo. Cleiton Xavier ainda parece destoar fisicamente do resto do time. Gabriel fez uma grande partida. Incansável.
Oswaldo de Oliveira se irritou com o time no banco algumas vezes e na entrevista pós-jogo falou em “preciosismo” dos atacantes. O torcedor gostaria de entender como um time que vence com muita superioridade um Derby fora de casa perde tantas chances de matar o jogo justamente onde deveria sentir-se mais confortável. Os jogadores precisam arriscar mais, não é sempre que acharão um companheiro de cara para o gol. A chegada de um 9 deve mudar esse panorama, mas os 7 pontos desperdiçados em casa não voltarão. Teremos de vencer partidas fora de casa para recuperar essa pontuação. Estamos em 12º, com 6 pontos somados. Domingo tem nova rodada e precisaremos da vitória em Santa Catarina, contra o Figueirense.

Saudações Palestrinas.

 

Ficha Técnica: Palmeiras 1 x 1 Inter

PALMEIRAS 1 X 1 INTERNACIONAL

Local: Estádio Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data: 4 de junho de 2015, quinta-feira
Horário: 21 horas (de Brasília)
Público: 36.199 pagantes
Renda: R$ 2.355.343,75
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)
Assistentes: Rafael Trombeta e Sidmar dos Santos Meurer (ambos do PR)
Cartões amarelos: Lucas (Palmeiras); Alex, Anderson, Artur e Alisson (Inter)

GOLS 

Palmeiras: Vitor Hugo, aos 19 minutos do segundo tempo
Internacional: Rafael Moura, aos 30 minutos do segundo tempo

ESCALAÇÕES

Palmeiras: Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel e Arouca (Amaral); Kelvin (Cleiton Xavier), Zé Roberto (Cristaldo) e Rafael Marques; Dudu
Técnico: Oswaldo de Oliveira

Internacional: Alisson; Ernando, Paulão, Juan e Artur (Vitinho); Freitas, Nilton (Rafael Moura), Alex (Anderson), Valdívia e Alan Ruschel; Nilmar
Técnico: Diego Aguirre

Author: MP

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