Palmeiras vai recorrer ao Pleno do STJD e tentará outro efeito suspensivo para que o atacante possa continuar atuando até o julgamento
Por sete votos a dois, Dudu, atacante do Palmeiras, teve mantida a pena de 180 dias pelo empurrão que deu no árbitro Guilherme Ceretta de Lima no segundo jogo da final do Paulistão deste ano, contra o Santos, na Vila Belmiro.
Ele já cumpriu 15 dias dessa punição antes de ser liberado por um efeito suspensivo para voltar a jogar o Brasileirão. A princípio, Dudu seguirá suspenso até o início de 2016.
O Palmeiras, porém, promete recorrer da punição no Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), a última instância esportiva. Paralelamente a isso, o Verdão vai tentar ainda nesta semana um efeito suspensivo para que Dudu possa seguir atuando até o julgamento do Pleno. Caso consiga, o jogador estará livre para atuar no domingo, contra o Vasco.
Outra tática que pode ser usada pelo clube é entrar com pedido para que metade da pena seja revertida em serviço comunitário. Assim, gancho seria de 90 dias. Pela expulsão, Dudu ainda tem um jogo para cumprir na competição estadual do ano que vem.
No julgamento realizado na noite de segunda-feira na sede do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) de São Paulo, na Federação Paulista de Futebol, a defesa do clube não conseguiu mudar o artigo em que o lance vinha sendo julgado, de “agressão” para “ato hostil” ou “desrespeito ao árbitro”.
Enquanto falava o advogado do clube, André Sica, foram exibidos vídeos de outros casos similares, como Petros, Thiago Heleno e Guerrero, todos em que a punição foi abrandada na decisão final. Sica pediu a mudança da primeira pena (em dias, válida para qualquer competição) para um número determinado de jogos no Paulista ou serviços sociais e multa.
– De qualquer ponto de vista, não houve agressão. Ele (Dudu) não teve intenção de machucar. O empurrão foi de apenas 3 km/h. O deslocamento do Ceretta (árbitro do jogo) foi de 32 cm. Se o filho de vocês os empurrar, o deslocamento vai ser maior que isso – afirmou Sica, em tom emocionado, o que irritou o relator, que pediu que o advogado do clube respeitasse os integrantes do tribunal.
Sica chegou a levar uma bronca dos auditores porque insinuou que eles tomavam decisões com base em “clubismo”. Depois pediu desculpas. Dudu não esteve presente no local durante a análise do recurso solicitado pela defesa alviverde. Segundo Sica, que pediu desculpas pela ausência, o caso tem atrapalhado o desempenho do atleta.
Fonte: Globoesporte
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