Diego Garcia Barboza (@diegogarbar)
Redação Mídia Palmeirense
A bruxa está a solta pelos lados da Academia de Futebol. Se com a perda de Gabriel já tivemos um declínio enorme dentro de campo e não conseguimos encontrar um substituto à altura do volante no elenco, qual será a solução encontrada por Marcelo Oliveira, agora que Arouca teve uma lesão muscular no jogo de quarta-feira contra o Cruzeiro? O atleta nem viajará para BH e ficará no CT fazendo tratamento intensivo, para tentar voltar a tempo para o jogo de volta da Copa do Brasil. Se tudo der certo, viajará para encontrar o restante do elenco, senão a expectativa é que volte somente no próximo domingo, contra o Joinville.
Não há planejamento de elenco que possa se prevenir de duas lesões em jogadores titulares do meio-campo defensivo. Muitos jogadores já tiveram lesões sérias durante o ano, mas ninguém poderia imaginar que em menos de um mês, faríamos ao menos uma partida sem a nossa dupla de volantes principais. Gabriel e Arouca foram contratados para serem titulares. E são dois dos maiores volantes do Brasil. Já é raro vermos dois bons atletas dessa posição jogando juntos na maioria dos clubes do país, então imagine 3. Podemos dizer que é impossível, pois dificilmente um grande volante ficaria na reserva de algum time, pois teria espaço para ser titular em outro.
Os 4 volantes que integram o plantel do Palmeiras, foram contratados em 2015. Ou seja, houve planejamento da diretoria dentro das 24 contratações. A contratação de um novo volante top, a essa altura do campeonato, parece improvável. Os que estão no Brasil são titulares e seriam muito caros para vir, e o mesmo aconteceria com alguém vindo de fora. Logo essa possibilidade está descartada. Pode se dizer que Amaral e Andrei Girotto não mantém o nível de Gabriel e Arouca, mas vieram para compor o elenco e entrar no lugar dos titulares pontualmente (quando necessário), mesmo que com características diferentes. Agora, diante dessa situação adversa, a chance para ambos jogarem juntos apareceu por pelo menos um jogo.
Na entrevista coletiva de hoje, Marcelo Oliveira falou sobre as possibilidades de formação do time para o jogo contra o Atlético-MG e deixou a entender que optará pela configuração mais conservadora com Amaral e Andrei Girotto dando proteção a zaga. O esquema tático provavelmente será mudado do seu característico 4-2-3-1 para o 4-4-2 (já adotado no começo do jogo contra o Cruzeiro). Assim Cleiton Xavier e Zé Roberto fechariam os 4 jogadores do meio e Rafael Marques ficaria no banco. Pelo que indicou, Barrios pode ser poupado e Alecsandro jogar (já que ele não pode jogar na Copa do Brasil). Outras opções menos prováveis seriam com os dois volantes num 4-2-3-1 como em todos os jogos anteriores (e aí Zé Roberto possivelmente deixaria o time) ou apenas Amaral ou Girotto entrariam no time, e Cleiton/Zé se revezariam na ajuda a defesa.
O fato é que independente do que for escolhido pelo treinador, teremos uma perda técnica dentro de campo. Gabriel e Arouca são complementares e estavam muito encaixados no time. Exerciam várias funções ao mesmo tempo entre defender e atacar, tudo muito bem planejado e com entrosamento. Os reservas têm características distintas, não são apoiadores e tão técnicos quanto os titulares. Ficarão encarregados da proteção aos zagueiros e o resto do time deverá modificar a sua maneira de jogar para compensar a diferença na dinâmica de jogo. Mas também poderemos ser surpreendidos se pensarmos que Amaral e Andrei treinam entre os reservas durante toda a temporada e podem estar mais entrosados como uma dupla do que quando entram em outras formações.
Agora sem Arouca perdemos uma parte importantíssima da espinha dorsal do time titular. Justamente em uma sequência decisiva para as pretensões do Palmeiras nos dois campeonatos. Vamos torcer para que ele fique a disposição para pelo menos o segundo jogo da maratona mineira. E que Amaral e Girotto deem conta do recado dentro de campo, pois precisamos muito desses resultados.
A torcida está com vocês!
Você precisa fazer login para comentar.