Os profissionais alviverdes da área médica promoverão no mês de outubro o 1º Congresso Palmeiras de Ciências do Futebol
O evento, dividido entre os dias 9 e 11, contará com mesas que abordarão diversos assuntos, como preparação física, fisiologia, recuperação, gestão esportiva, tecnologias esportivas, Brasil 1 x 7 Alemanha, entre muitos outros.
O coordenador científico do clube, Altamiro Bottino, palestrará no primeiro dia sobre preparação científica e valorizou o debate.
“O congresso está alicerçado em dois grandes momentos: o 7 a 1, em que se criou a ideia de que estamos defasados, e a vinda do professor Jan Ekstrand, vice-presidente do comitê médico da Uefa, para participar dos nossos estudos. A ideia é mostrar que o Brasil não está tão defasado, temos uma efervescência na formação científica. Nós podemos contribuir com muito conhecimento. O congresso fará com que possamos discutir ciência aplicada no futebol”, afirmou nesta terça-feira (01), em entrevista coletiva na Academia de Futebol, antes de expor um exemplo emblemático.
“O Seedorf quando veio jogar no Rio de Janeiro foi entrevistado por jornalistas e criticou as estruturas de campo, mas elogiou o cuidado ao atleta no Brasil, que nunca havia visto nada parecido, nem na Europa. Não devemos nada aos europeus, o que falta é reconhecimento”.
O congresso será na FAM (Faculdades das Américas), localizada na Rua Augusta, 973.
Aceleração na recuperação
O Verdão, desde o começo da temporada, adotou um método pioneiro de aceleração de lesões musculares. O jogador, ao invés de realizar o tratamento em repouso, alterna atividades físicas com tratamento, o que possibilita uma região reparada e mais forte para iniciar a transição para o gramado. O médico Rubens Sampaio explicou com mais detalhes.
“Instituímos um protocolo de tratamento, principalmente para lesões musculares. Estamos acelerando em relação à ativação muscular, ou seja, estamos acelerando o uso da musculatura, o que melhora as condições locais de oxigenação, de celuridade. O atleta volta mais rápido para o campo. Estamos tendo bons resultados”, expôs.
Por conta dos recentes retornos dos jogadores, mais rápidos que o tempo estatístico (usado no mundo todo), a Uefa, sob a figura de Jan Ekstrand, veio conhecer a estrutura física e humana do clube no mês passado.
Recovery
Além da metodologia citada acima, o clube dispõe do chamado recovery, circuito de estações para recuperar a musculatura dos atletas após as partidas. Jomar Ottoni, fisioterapeuta que veio do Cruzeiro no começo da temporada, enalteceu os investimentos feitos pelo clube.
“Com o recovery, captamos alguns recursos para acelerar a recuperação física. Isso foi um investimento do clube e os atletas estão indo mais inteiros para os jogos e com a chance menor de se machucarem. Em um campeonato por pontos corridos, faz diferença ter mecanismos deste tipo”, falou.
Para Jomar, os frutos plantados neste ano serão colhidos em 2016.
“Estamos também fazendo algumas coisas individuais de prevenção (como controle individual de carga, termografia etc), mas ainda não conseguimos uma ação mais complexa. Para o ano que vem, conhecendo mais o elenco, vamos conseguir trabalhar melhor esta questão. A tecnologia chegou em maio, estamos ainda criando o perfil de cada atleta. Em 2016, quando inaugurar o centro de excelência, o Palmeiras será vanguarda”, concluiu.
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