Finalista quatro vezes nas últimas cinco edições do torneio, o treinador Marcelo Oliveira não poupou sorrisos e analisou a postura da equipe alviverde nos dois duelos
Em noite sofrida e inesquecível aos mais de 39 mil torcedores que lotaram o Allianz Parque na noite desta quarta-feira (02), o Palmeiras venceu o Santos no tempo normal por 2 a 1 e, nas penalidades, venceu o Alvinegro por 4 a 3 e ficou com o tricampeonato da Copa do Brasil.
“Tenho a consciência e análise definitiva de que o futebol está muito emocional. Uma grande torcida ajuda a empurrar o time da casa e fomos lá (Vila Belmiro) sabendo disso e do belo time montado pelo Dorival. Foram jogos extremamente difíceis, e eu escolheria fazer a segunda partida em casa desde que o primeiro resultado fosse melhor. O Santos foi melhor no primeiro jogo, mas perdeu muitas chances de gol. Vale ressaltar também que houve um pênalti não marcado que geraria expulsão e poderia mudar o rumo do jogo. Fiquei muito feliz e satisfeito com a atuação de hoje, que foi regular. Criamos chances no início, tentamos anular o Lucas Lima com a marcação do Matheus Sales, que foi fundamental. Essa emoção no final não foi por acaso e serviu para nos fortalecer para a próxima temporada”, comentou.
Antes de conversar com os jornalistas, o treinador do Verdão foi saudado por Dorival Júnior, comandante do Alvinegro Praiano. Oliveira não deixou de lado os elogios ao amigo e valorizou o trabalho realizado pelo elenco palmeirense na reta final da competição.
“É gratificante ter amizades como o Dorival. É muito digno. Ele faz parte desse grupo de profissionais que agem com muita ética e coerência, além da competência como técnico. Eu me surpreendi. Raramente isso acontece, pois geralmente quem perde fica chateado. O vice numa Copa do Brasil com 80 times tem que ser valorizado. O Dorival está de parabéns. O Santos é um time muito bom, rápido e que criou muito problema para nós. Vínhamos de irregularidade e acharam que seríamos humilhados nos dois jogos. Superamos tudo isso, posis aqui tem trabalho, diretoria, estrutura e força, e tudo isso foi fundamental à conquista”, elogiou.
Uma das novidades nas últimas partidas do Palmeiras foi o uso de atletas das categorias de base. Contra o Santos, não foi diferente, e o treinador reconheceu a entrega dos meninos e valorizou o trabalho alviverde em todas as categorias.
“Valorizo muito a filosofia de aproveitamento de base. Hoje usamos o João Pedro, Jesus, que foi revelação do campeonato, Taylor, Matheus Sales e outros da base que foram muito bem”, falou.
“É momento de comemoração. Ajustes são sempre necessários para a próxima temporada e fomos prejudicados muito em função de lesões, mas tenho certeza de que, no ano que vem, o Palmeiras disputará todas as competições lá em cima”, completou o treinador.
Por fim, o comandante do Verdão exaltou a priorização da Copa do Brasil e a fechada com chave de ouro ao escolher Fernando Prass para bater o último e decisivo pênalti ao título da Copa do Brasil.
“Queríamos muito ganhar o Brasileiro ou estar entre os quatro. Jogamos bem contra os grandes e pecamos muito contra equipes inferiores. Chegou o momento em que precisávamos priorizar uma dessas competições. Optamos pela Copa e deu certo, pois estamos com o título e na Libertadores. A escolha do Prass foi por conta do treino diário. Alguns atletas estavam desgastados e eu falei para ele: ‘Você vai decidir isso pela sua postura e comprometimento’. É um líder nato e fez muito bem seu papel nessa conquista como um dos ícones mais importantes. Espero que possamos viver momentos como estes outras vezes, pois existe muita união e trabalho no Palmeiras”, finalizou Marcelo Oliveira.
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