Um dos principais nomes do Palmeiras em 2015, Rafael Marques passou por momentos difíceis enquanto viveu a indefinição de sua renovação de contrato
Agora, com vínculo renovado por mais dois anos e o sorriso estampado no rosto, o camisa 19 projeta novos objetivos com a camisa do Verdão, entre eles, um possível título da Copa Libertadores.
“Eu foquei na Copa do Brasil no final do ano passado, até porque não tinha como. Sempre pensei no Palmeiras, e, graças a Deus, deu tudo certo com o título. E aí sim eu comecei a pensar em minha permanência, fiquei ansioso, pois eu não sabia o que aconteceria. Foi um transtorno até o final, não conseguia dormir porque ficava pensando se resolveria logo ou não. O pessoal se apresentou no dia 06 de janeiro e eu não estava junto, a última semana foi mais tensa. Mas, graças a Deus, deu tudo certo e estou feliz demais. Agora é brigar pelo meu sonho, que é jogar e disputar o título da Libertadores”, comentou.
O atleta fez questão de ressaltar o desejo que tinha de ficar no clube.
“Desde a primeira coletiva aqui eu deixei claro que não precisava ter feito mais nada adiante. Se eu conseguisse mostrar o meu valor e trabalhar em campo, era meio caminho andado. Infelizmente, as coisas foram empurradas para o final do ano, mas sempre deixei claro que eu queria ficar. Tive uma passagem por aqui em 2004, e queria mudar o meu nome daquilo que ficou. E no ano passado eu consegui fazer isso, não seria legal fazer isso e deixar tudo de mão beijada”, afirmou o palmeirense, recordando o primeiro encontro com o elenco em 2016, ainda na pré-temporada de Itu, no interior de São Paulo.
“Foi muito bacana, eu cheguei e já ia direto para o quarto. Eu sabia que o elenco estava em um show de humor, então cheguei e jantei. O (Alexandre) Mattos falou para mim: ‘Vamos brincar com o pessoal, você está sempre brincando com eles’. Eu estava com saudades, ainda mais quando vi o pessoal se apresentando para a temporada. Naquele momento, eu entrando ali na concentração, encontrando os meus amigos e vendo a alegria deles por me ver ali, foi muito bacana. É uma emoção que só quem passa sabe descrever. E isso foi por tudo que eu fiz no ano passado, não só em campo, mas fora também. Isso me motiva muito para continuar com esse grupo”, falou.
E esta amizade dos jogadores também colabora para um bom entendimento dentro de campo.
“Não existe titularidade no Palmeiras, e sim um grupo forte e competitivo. Neste ano não será diferente. No ano passado, as pessoas tinham dúvidas porque formou-se um elenco todo, mas este ano não, mantivemos uma base com a chegada de novos jogadores. Trabalharei forte, firme e alegre todos os dias. O ano será longo, temos vários campeonatos importantes, e não é à toa que o Palmeiras montou um grupo forte. Mas os jogadores têm de saber que não poderão jogar todos os jogos, e respeitar a opinião do Marcelo (Oliveira). Temos Libertadores, Paulista, Brasileiro… Todos terão chances, basta estarem todos preparados”, ponderou o atacante.
Rafael Marques até se coloca à disposição para atuar fora de sua posição, caso haja a necessidade.
“Pode acontecer (jogar como centroavante), eu fiz isso nos dois amistosos (contra River Plate-URU e Nacional-URU). Não é a minha função e não é a que eu mais gosto de fazer. Gosto de jogar aberto ou até mesmo como um camisa 10 vindo de trás. Eu me doo muito, e fazendo a função de 9 dificilmente conseguirei vir de trás fazer a jogada. Se for para ajudar o Palmeiras, eu atuarei assim. Não estou acostumado, é muito contato jogar de costas e tem de haver treinamento. Talvez o Marcelo possa fazer isso, mas deixaremos o critério dele e espero ajudar da melhor maneira possível”, declarou o camisa 19, que não vê a hora de reencontrar a torcida do Palmeiras.
”Eles incentivarão sempre, mas as cobranças devem aumentar. Sempre tenho isso em mente, até porque, se tem cobrança, eles sabem que o jogador pode dar um pouco mais ou estar em um nível melhor do que está naquele momento. Estou ansioso para ver o primeiro jogo da Libertadores aqui em casa, até porque a final da Copa do Brasil ainda está fresca na cabeça. A festa foi maravilhosa, e com certeza a Libertadores não será diferente, e pode ser até melhor”, finalizou o palestrino.
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