Aos 41 anos de idade e já campeão pelo Verdão, o jogador se sente realizado, mas ainda tem um objetivo em mente: vencer a Copa Libertadores
A história de Zé Roberto no mundo do futebol é incontestável. Com passagens por diversos times importantes ao redor do planeta, o atual camisa 11 do Palmeiras tem em sua prateleira muitos títulos expressivos e conquistas pessoais, tanto pelos seus ex-clubes quanto pela Seleção Brasileira. Segundo revelou o atleta nesta quinta-feira (11), será a última da carreira, já que o palestrino pendurará as chuteiras no fim da temporada.
“Com certeza será o meu último ano porque no ano que vem eu quero curtir um pouco e ter mais tempo com a minha família. O meu filho irá se formar e quer fazer a faculdade fora do Brasil também. Estou muito motivado para fazer o meu último ano, e no início da pré-temporada eu tive uma conversa bem clara com a comissão técnica, e disse que, perante o calendário, não daria para eu jogar todos os jogos”, contou, expondo o sonho de vencer a Copa Libertadores.
“A nossa vida é feita de escolhas e traçar metas, e a maioria das minhas metas foram alcançadas. Se eu tivesse parado de jogar no ano passado, com certeza eu pararia muito feliz por tudo o que conquistei, mas eu decidi jogar mais um ano pelos desafios que sempre tracei em minha carreira. A Libertadores foi um grande desafio para eu continuar por mais um ano”, declarou. “Ganhar uma Libertadores pelo Palmeiras seria algo fenomenal, algo que eu almejo muito desde que voltei ao Brasil, em 2012. Seria algo muito especial para mim, e eu estou muito motivado e acredito que temos um grupo qualificado para brigar de igual para igual com qualquer equipe”, completou.
De acordo com Zé Roberto, a conquista do principal título da América do Sul seria, de fato, uma coroação por tudo o que ele viveu no time palestrino desde a sua chegada, em 2015.
“Seria importante pelo momento que eu vivo no clube e pela minha identificação, que foi muito rápida. Não demorou nem seis meses para a torcida gritar: ‘Au, au, au… O Zé Roberto é Animal’. Isso não é normal, a gente não ouve sempre por aí. Por mais que eu procure retribuir a cada jogo, um título sempre é diferente, ainda mais um tão expressivo como o da Libertadores”, falou o meia e lateral-esquerdo, que, apesar de já estar próximo de deixar o futebol, ainda se sente muito bem fisicamente.
“Eu brinquei que poderia jogar até os 50 anos, e eu poderia mesmo. Sempre me cuidei, mas acho que o calendário no Brasil fez com que eu pensasse em jogar somente neste ano”, revelou. “A minha condição física me surpreende a cada dia porque eu nunca imaginei que eu jogaria com 41 anos, prestes a completar 42. É claro que me preparei para isso, desde novo, quando tomei conhecimento que o meu corpo era o meu instrumento de trabalho, eu passei a me cuidar. Hoje, eu estou usufruindo disso. Eu nunca tive vícios e sempre cuidei da minha alimentação, e claro que a minha genética ajuda muito também. Mas também não posso deixar de falar da paixão, afinal quando eu era criança eu sempre sonhei em ser jogador de futebol, e este amor ainda continua ardendo dentro de mim”, afirmou o palmeirense.
E, mesmo com o início de temporada um pouco diferente do planejado pelo clube, o experiente atleta mantém uma enorme confiança com o futuro do Palmeiras em 2016.
“A expectativa é grande para este ano, principalmente pelas contratações pontuais que fizemos. O ano passado foi muito bom, no sentido de o Palmeiras ter reformulado o elenco e feito um time competitivo. Nós mantivemos a base e isso é importante para dar sequência ao trabalho. Sabemos da nossa responsabilidade e que podemos e temos de fazer melhores apresentações. Precisamos voltar a ter aquele espírito que tivemos na final da Copa do Brasil, foi um espírito que ficou marcado para nós. Se a gente fez aquilo no ano passado, temos totais condições de fazer nesta temporada também”, finalizou.
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