Líder do Departamento Médico do Palmeiras, o doutor Rubens Sampaio concedeu entrevista coletiva para comentar sobre os diversos assuntos que envolvem o setor
“A gente sai de um passivo, em função de circunstâncias estruturais. Investimentos estão sendo feitos, mas a gente acaba carregando uma imagem ruim do passado, embora o trabalho esteja sendo muito bem feito, com investimento em estrutura e profissionais. Os resultados estão surgindo. Do ponto de vista de contusões, desde o ano passado, a gente vem fazendo um protocolo de recuperação acelerada e estamos com ótimas resoluções. Todas as lesões foram recuperadas em prazos inferiores àqueles que a literatura prescreve”, explicou. “Tem coisas que caem na conta do Departamento Médico, como quando o jogador se machuca. Nós não somos responsáveis pela lesão, a gente faz o diagnóstico e o tratamento”, completou.
Sampaio, inclusive, acredita que em pouco tempo o clube paulista será referência nesta área.
“Tivemos um número alto de lesões no ano passado, e neste ano devemos diminuir isso. O Palmeiras está investindo em infraestrutura para ser o melhor centro de excelência e reabilitação até o final deste ano”, declarou o palestrino, que comentou sobre os jogadores que pedem um auxílio extra a profissionais que não trabalham no Palmeiras.
“Temos dois atletas nestas circunstâncias, que são o Barrios e o Cristaldo. A circunstância do Barrios é diferente, o Claudio é do staff dele desde quando jogava na Europa, mas ele não faz um trabalho físico com ele, é muito mais de alimentação. O Claudio teve contato com o Altamiro (Bottino, coordenador científico) e a preparação física do Palmeiras, e achou o trabalho espetacular”, contou. “É comum que grandes atletas sejam pequenas empresas e tenham assessores quanto à alimentação e imprensa, por exemplo. O Palmeiras entra em contato com os profissionais e a prescrição do trabalho é do Palmeiras”, emendou.
Rubens Sampaio também falou sobre a atual situação do meia Cleiton Xavier, que ainda não estreou nesta temporada.
“Ele vinha de um longo tempo na Europa, foram cinco anos na Ucrânia. Teve um período de inatividade e sucessivas lesões musculares. Foi feita uma biopsia muscular para ter a real ideia da condição da musculatura dele, com relação às mudanças de treinamento, alimentação e suplementação. Depois da biopsia, teve a lesão na panturrilha, mas, no final do ano passado, fizemos um trabalho antes da final da Copa do Brasil e ele estava no banco para jogar. Agora ele está recuperado, e cumpre um trabalho separado em função das lesões que teve”, disse o médico, citando a liberação do zagueiro Edu Dracena.
“A gente procura identificar atletas de risco e tratá-los de forma diferente. A prevenção se faz com investimento em infraestrutura, bons profissionais e medida de carga, mas o nosso calendário dificulta. Como ele (Edu) tem cirurgias prévias nos dois joelhos e mais de 30 anos de idade, ele cumpriu um regime de treinamento diferente. Ele está recuperado, liberado e à disposição do Alberto (Valentim)”, finalizou.