Com mais de 38 mil pagantes no Allianz Parque, o Palmeiras, no último minuto de jogo, venceu o Jorge Wilstermann pelo placar de 1 a 0, pela segunda rodada da Copa Conmebol Libertadores Bridgestone
Feliz com o triunfo, o treinador Eduardo Batista destacou o jogo de completa raça do Alviverde e lembrou os tons dramáticos no fim do certame graças ao elevado número de chances criadas não convertidas em gols.
“É uma vitória que nos deixa muito contentes. As dificuldades foram aumentando porque criamos as chances e não fizemos. Pegamos uma equipe experiente, com muita catimba, mas buscamos o jogo, não demos um chutão para a frente. Até o fim estávamos buscando pelos lados, pelo meio. Se não foi um futebol plástico, foi um futebol de Libertadores, de não desistir. Faltam só quatro jogos para classificar e o espírito é esse, uma equipe aguerrida, que não foi desleal em nenhum instante. A equipe soube ter paciência e equilíbrio para buscar o resultado”, avaliou.
O comandante palestrino lembrou também da insistência do zagueiro Yerry Mina, que teve faro e pose de centroavante na hora de marcar o gol no último instante de jogo.
“O Mina poderia ter voltado, mas insistiu e valeu a persistência de continuar ali. A nossa sensação era de que o gol ia sair. A partir do momento que rebatem a falta para fora da área, ele permanece. Tivemos a paciência de não finalizar, porque por dentro estava travado. Rodamos a bola e o Róger foi feliz no último passe. Ele entrou bem, como Keno e Willian”, elogiou.
Com elenco mais “cascudo” em mãos, Baptista reforçou a importância do papel dos atletas experientes na vitória diante dos bolivianos.
“O Edu vem em uma crescente impressionante e dá suporte ao Mina, que tem muita qualidade. O Zé Roberto dá equilíbrio na marcação, e, na hora que precisou jogar, ele não deu um chutão. Tinha Jean, Fernando Prass… Colocamos propositalmente um time experiente. Sabíamos que o adversário viria bem fechado e teríamos que ter essa experiência. A vitória passa pela experiência desses jogadores, como Guerra, como Felipe, que fez grande partida, e o próprio Tchê Tchê”, disse.
Já de olho no clássico diante do Santos no próximo domingo (19), às 18h30, na Vila Belmiro, o treinador lembrou da “sequência de decisões” entre Paulista e Libertadores e reforçou o lema “identidade” para o Palmeiras encarar estas partidas de forma positiva.
“Essa semana, enquanto todo mundo colocava como uma semana difícil, para a gente caiu bem. Essas duas semanas são de jogos decisivos, pesados, dois de Libertadores e dois clássicos, e encaramos como decisões, para criar essa identidade. Essa identidade precisava passar por esses quatro jogos, então é bem-vinda essa sequência. Contra o Santos, é a mesma ideia do São Paulo, é colocar o que tiver de melhor. Eu tenho um dia a mais de descanso, diferente do jogo do São Paulo, que tinha logística complicada. Agora temos três dias para descansar, treinar, recuperar e colocar a melhor equipe, mas essa partida será encarada como foi com o Tucumán, o São Paulo e o Wilstermann. Para nós é importante criar essa identidade”, finalizou Eduardo.