Crônica: 1951 é logo ali

Um momento histórico pode estar se aproximando. 66 anos depois, poderia haver uma reedição da final do mundial de 1951. Será?

Seu bebê caracterizado com as cores do Verdão, com muita fofura.

Carlos Massari (@carlosmidiasep)
Colunista da Mídia Palmeirense

Nós, palmeirenses, sabemos que o Palmeiras é campeão mundial de 1951. Não há dúvidas disso, e nossa reação com o escárnio dos rivais é um misto de ironia e desdém. Se eles não querem aceitar, talvez por se sentirem ainda mais inferiores em relação ao maior clube do país, que assim continuem. Problema deles.

Mas tanto para nós como para os rivais, um momento histórico pode estar chegando. Que pode encerrar de vez o último argumento anti-palmeirense que existe, que pode nos dar um gosto extra de glória. Aquela situação de história circular, de uso da lembrança e da memória, aquele momento que enche a imprensa de assuntos e mexe com o imaginário do torcedor. É real a possibilidade de que, em dezembro, 66 anos depois, Palmeiras e Juventus reeditem a final mundial de 1951.

Do nosso lado, demos um passo importantíssimo nessa semana. Trouxemos de volta o nosso comandante, o homem que sabe como fazer esse time jogar bola, que impõe o estilo correto ao elenco, que nos levou ao título nacional depois de 22 anos. Se tudo voltar a se encaixar, não terá sido em 29 de novembro que ganhamos a Libertadores, mas sim em 5 de maio. O gol decisivo não será o momento que valeu o troféu, mas sim a assinatura do contrato de Cuca.

E não haveria ano mais especial para se vencer a Libertadores que aquele no qual a Juventus tem a melhor oportunidade em muito tempo de ser campeã européia. Ainda existe o Real Madrid pela frente, é verdade, mas é uma equipe pronta e o jogo será de igual para igual. A defesa juventina é incrível, mas ao contrário da lenda popular, não é um escrete simplesmente defensivo. Há muito talento também do meio para frente.

Foram dois jogos decisivos em 1951. Vencemos o primeiro por 1 a 0, empatamos o segundo por 2 a 2. Dessa vez, seria apenas um, lá nos Emirados Árabes. Alguns torcedores mais idosos se lembrariam de como foi o confronto original, de tudo que aconteceu. Não muitos. Certamente, eles seriam procurados pelos jornalistas, apareceriam em reportagens, falariam sobre o que se lembram. E teriam a emoção de ver tudo diante dos seus olhos mais uma vez, de verem suas vidas começando e terminando com o maior alviverde do mundo conquistando todo o globo e enficando sua bandeira no círculo da Terra.

O nosso caminho ainda é mais longo que o deles, mas voltamos agora ao eixo. Cuca fará Borja jogar o que sabe, voltará a exigir a marcação pressão no campo do adversário, deixará o time novamente incisivo e vertical. Tchê Tchê ganhará novamente status de motor, Mina será impenetrável na bola aérea. Ouso até dizer que Zé Roberto rejuvenescerá dez anos e que Moisés subitamente se curará de sua lesão e estará batendo laterais na área domingo. Se não acontecer assim, que ao menos conte-se dessa forma, porque o que vale é o mito, e não a realidade.

Esse mito dirá que Palmeiras e Juventus eram rivais há muito separados, que 66 anos atrás se debateram pelo controle do mundo e que o escrete alviverde levou a melhor. Que voltaram para suas terras, onde foram sempre vitoriosos, respeitados e temidos, até que decidiram se reencontrar, mais uma vez valendo o domínio de todos os continentes, oceanos e ilhas que existem dentro do planeta, e uma batalha épica se sucedeu provando, mais uma vez, a superioridade da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Você acredita que a Juve pode passar pelo Real Madrid? Porque no Palmeiras e em Cuca, nós certamente acreditamos.

Author: MP

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