Experiente, o lateral-esquerdo Zé Roberto coleciona passagens marcantes por diversos clubes ao redor do planeta e também marcas coletivas e pessoais
Perto de completar 43 anos de idade (o jogador faz aniversário no dia 06 de julho), o camisa 11 do Verdão ainda segue com grandes objetivos na carreira, como, por exemplo, conquistar o título da Conmebol Libertadores Bridgestone deste ano. O consagrado atleta, inclusive, trata o torneio como ‘motivação extra’ na reta final de sua trajetória no futebol.
Com 42 anos, 11 meses e 29 dias, Zé Roberto pode atualizar a marca de segundo jogador mais velho a atuar pela competição internacional, caso entre em campo nesta quarta-feira (05), às 21h45, contra o Barcelona-EQU, no Equador. Neste quesito, o palestrino só perde para o peruano Vicente Villanueva, que, em 1968, entrou em campo pelo torneio continental aos 43 anos e 11 meses, pelo Sporting Cristal, do Peru.
“Nunca imaginei que ia jogar em alto nível nesta idade e em um clube grande, mas consegui chegar porque sempre tive a profissão como foco. Por isso que cheguei a essas marcas, atingi esse nível. Mas a minha motivação é o amor que tenho por jogar futebol. O meu maior objetivo nunca foi alcançar marcas, o objetivo maior sempre foi conquistar títulos. Nesses dois anos consegui ser campeão da Copa do Brasil e do Brasileiro depois de 22 anos (sem o Palmeiras conquistá-lo). Com certeza o meu objetivo é conquistar a Libertadores também, que ainda não tenho. A minha motivação é essa”, falou o lateral.
Vale lembrar que o ‘vovô-garoto’ já é o brasileiro mais velho a atuar pela Libertadores. Com suas participações na primeira fase do torneio continental em 2017, Zé Roberto ultrapassou o ex-goleiro Rogério Ceni, então detentor da marca: ele tinha 42 anos, três meses e 22 dias quando entrou em campo pela última vez pela Liberta, defendendo as cores do São Paulo, em 2015.
Em maio, ao balançar as redes na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético Tucumán-ARG, o veterano do Alviverde também se tornou o jogador mais velho (independentemente da nacionalidade) a marcar um gol pela competição internacional. Este é outro recorde que também pode ser atualizado diante dos equatorianos.
“É um 4.3 turbinado (risos). O maior presente seria voltar para casa com a vitória, este presente viria em bom momento. Chego aos meus 43 anos com muita saúde. Vivemos em um mundo em que a idade tem pegado muita gente de surpresa. Você vê pessoas que chegam aos 30 anos com problemas de saúde. Eu me defino como um cara abençoado, chegando aos 43 anos em um grande clube, com sonhos, objetivos e em plena forma”, declarou o palmeirense.
Mas, para que tudo ocorra como planejado nesta edição da Libertadores, Zé Roberto pede muito cuidado com o duelo desta quarta com o Barcelona-EQU.
“Esperamos um jogo difícil, complicado. Sabemos que em alguns momentos da partida teremos de saber sofrer. A equipe deles virá para cima e tem o apoio da torcida. A pressão é grande, o torcedor fica bem próximo. Parece que não tem mais ingresso para o jogo. É um time que gosta de ficar com a bola, que tecnicamente é muito bom. É um time conhecido da gente, jogou contra o Botafogo, sabemos o potencial deles”, finalizou.