Criticado por parte da torcida do Verdão, o comandante reafirmou a sua permanência no clube e defendeu o trabalho realizado pela diretoria e pelos jogadores do Alviverde
Logo após o término do treino desta terça-feira (22), na Academia de Futebol, o técnico Cuca se dirigiu até a sala de imprensa do centro de treinamento palestrino para falar com os jornalistas sobre o atual momento do Palmeiras na temporada.
“Muito se ouve ao longo desses dias todos os questionamentos sobre de quem é a culpa (pelo momento desfavorável). A culpa é do presidente que ficou 15 dias fora com a Seleção? Não é. Se ficou é porque confia no treinador e no diretor que tem. Não é culpa dele. A gente ouve falar que a culpa é do dirigente porque contratou errado, isso ou aquilo, algumas coisas perigosas até, colocando em dúvida a honestidade do (Alexandre) Mattos. Ele é um cara íntegro e só faz o bem pelos clubes que passa”, afirmou o treinador, que mostrou muita confiança com a evolução do time em 2017.
“Se você tira o presidente e o diretor, sobra a responsabilidade maior para o treinador. Se o time não jogou o que tem de jogar, a responsabilidade é minha. E aí você pode me perguntar: ‘Por que não saiu do Palmeiras?’ Eu não saí e não saio porque tenho certeza de que o trabalho vingará. Eu acredito que os jogadores farão grandes jogos e atingiremos o objetivo de estar na Libertadores do ano que vem para ser melhor do que foram as duas últimas”, declarou.
Cuca, por sua vez, compreende a insatisfação de alguns torcedores com a situação do Palmeiras.
“A torcida tem o direito dela porque quer ver as coisas melhores do que estão, e eu falo para a torcida: Eu não saio, vou até o fim. Cumprirei o que eu prometi. Seria fácil eu sair para cuidar da minha netinha e não fazer o que eu mais amo. Você fazendo as coisas certas, sempre tem chance de mudar. Ontem eu era o segundo melhor treinador do país, hoje talvez eu seja o segundo pior. O mesmo Cuca que estava levantando a bandeira no trio elétrico no ano passado, é o mesmo que está aqui. Nem melhor e nem pior”, disse o palmeirense, negando qualquer desânimo por parte do grupo palestrino.
“O momento é complicado, é fácil jogar a toalha, mas eu não jogo. Sairemos desta situação no campeonato. Eu conversei com os jogadores antes e passo para vocês (jornalistas). Tem tristeza no momento, mas não abatimento. Vocês veem no treino. Amanhã (quarta) eu faço treino fechado porque eu preciso deste treino, faremos a mobilização para o jogo. A torcida tem de abraçar o time”, falou. “Não tem jogador ‘chinelinho’, todos estão se doando ao máximo. Não está acontecendo por outros fatores, talvez falta de confiança. Por isso estou aqui de peito aberto para falar o que eu sinto”, emendou.
Por fim, o técnico pediu a união de todos por um futuro com mais sucesso no Verdão.
“Somos todos nós juntos e cada um dentro do seu pedaço. É assim que sairemos dessa, cada um tendo a sua dor. Se ficar contente sendo criticado, não sairemos de nada. Temos de estar juntos, uma unidade, por isso peço unidade da torcida”, finalizou Cuca.
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