O Palmeiras visitou o Atlético-MG no sábado (09), e, em um jogo muito polêmico, conseguiu segurar o empate em 1 a 1, mesmo com dois jogadores a menos
Carlos Massari (@carlosmidiasep)
Colunista da Mídia Palmeirense
Que Leandro Vuaden assaltou o Palmeiras no sábado, todos sabemos. O pênalti não marcado logo no início do jogo e o inventado que resultou na expulsão de Luan, o cartão vermelho não dado para Valdivia, a não marcação da invasão de área no gol de Fábio Santos. O árbitro fez tudo que esteve em seu alcance para dar a vitória ao Atlético Mineiro e não conseguiu. Voltamos de Minas com um empate em 1 a 1 mesmo com nove atletas em campo.
Mas como todos sabemos disso, não há porque ser o foco do texto. Vamos falar do Palmeiras e de sua postura dentro de campo. Por que atuamos bem melhor depois da primeira expulsão, e até mesmo da segunda, do que quando ainda tínhamos onze atletas?
No primeiro tempo, onze contra onze, o Atlético tinha o domínio da partida. Sufocava, rondava a área e criava oportunidades. O Palmeiras não tinha qualquer tipo de saída de bola, e esse era o problema – se a proposta é dar a posse ao adversário que joga em seus domínios, tudo bem, mas isso precisa ser balanceado com bons contra-ataques – que não existiam. No único que tivemos, marcamos o gol e assumimos a liderança no placar, mas ainda é muito pouco se analisarmos a situação do jogo como um todo.
Foi só depois da expulsão de Luan que o Palmeiras se encontrou no jogo. Aí sim, impediu com eficiência que o Atlético tivesse o domínio, fechou a entrada da área e não permitiu oportunidades, foi perigoso quando teve a posse e chegou ao ataque. Estivemos mais perto de vencer a partida do que o adversário, mas Deyverson desperdiçou a cobrança de pênalti. Mesmo depois que Willian também foi para a rua – de maneira bastante inconsequente, diga-se – ainda conseguimos criar duas oportunidades.
Durante toda essa segunda passagem de Cuca pelo Palmeiras, a falta de tempo para treinar foi a grande desculpa para o quanto o time não jogava bem. Foram duas semanas desde a vitória no choque-rei, encerrando a possibilidade dessa ser a causa para um eventual desempenho ruim. Como pode, então, uma equipe como a nossa não se encontrar com onze, mas fazer uma ótima partida em inferioridade numérica?
A primeira razão que eu consigo imaginar é que tenha faltado comprometimento tático dos atletas. Enquanto tínhamos onze, talvez ainda houvesse um pouco de salto alto, ou de pensamento que o talento individual resolveria as coisas. Após a primeira a expulsão, todos precisaram começar a cumprir as suas funções com afinco, o que fez com que a equipe engrenasse na partida.
A segunda razão é que Cuca ainda não encontrou a forma de fazer esse elenco jogar bem, principalmente no sistema defensivo. Apesar da goleada contra o São Paulo, corremos muito mais riscos do que deveríamos. A desvantagem numérica, mais uma vez, obrigou o time a se comportar de maneira diferente, assim podendo neutralizar as investidas mineiras.
Falta um grande jogo do Palmeiras no campeonato. Muitos outros dias de treino estão pela frente, e pode ser que na próxima segunda-feira, diante do Coritiba, chegue tal exibição. Eu ainda salivo para ver Guerra e Moisés fazendo boas tabelas, os atacantes velozes entrando livres na frente do goleiro. São treze pontos para um líder que está em queda livre. Talvez uma exibição espetacular nos dê o real direito de sonhar.
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