No segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2016, o Palmeiras fez uma campanha histórica e garantiu, com folga, o 9º título da competição
Carlos Massari (@carlosmidiasep)
Colunista da Mídia Palmeirense
É verdade que já estava na liderança ao final do primeiro, mas foi nele a arrancada que fez com que o título viesse de forma antecipada e relativamente tranquila. Se no começo do campeonato a equipe enchia os olhos e conseguia algumas goleadas, foi na metade final que a consistência tomou conta do alviverde imponente. Foi um festival de 1 a 0, e sempre os três pontos iam para a conta.
A exibição desse domingo lembrou bastante aquele time. Se o Palmeiras não tabelou pelo campo todo, nem criou muitas oportunidades claras, nem jogou um futebol vistoso, ele fez o suficiente para ganhar e não tomar sustos. Ao contrário do que temos visto em boa parte de 2017, a defesa teve um papel muito importante nisso, não permitindo com que o adversário assustasse o gol defendido por Fernando Prass quase em momento nenhum do confronto.
Foi a fórmula de sucesso que vimos em 2016: um time que domina o campo do adversário e martela, mesmo que de formas não ortodoxas, até que a bola entre. Depois, em vez de recuar e aceitar o sufoco adversário, mantém a posse de bola no ataque, mesmo que sem muita objetividade, e segura o resultado sem chamar o rival para a sua área. 1 a 0, três pontos na conta.
Aconteceu assim contra o Fluminense, no Rio, nesse domingo. Havia acontecido de forma parecida contra o Coritiba, na segunda, em São Paulo. A diferença é que daquela vez, o adversário criou mais oportunidades do que o desejado. Será que Cuca finalmente começa a dar sua cara a esse time de 2017, ou será que tudo é uma ilusão? A amostragem de dois jogos é muito pequena, e muita coisa do que aconteceu antes nos leva a crer no contrário.
De qualquer forma, foi ótimo vibrar com um golaço de Egídio, que acertou um chute maravilhoso no ângulo para nos dar essa vitória. Futebol é um jogo de heróis e vilões e o lateral esquerdo muitas vezes esteve no lado errado dessa equação – principalmente na ainda dolorida eliminação da Libertadores. Mesmo que boa parte da torcida ainda tenha muita resistência com ele, é bom que possa pelo menos uma vez estar sendo celebrado.
A distância para o Corinthians agora é de onze pontos. Mesmo que o time assuma completamente a forma de 2016 e comece a enfileirar vitórias, ainda precisaremos de mais tropeços do arquirrival. O bom sinal é que parece que começamos a evoluir quando eles declinam. A parte negativa é que provavelmente é tarde demais.
Só o título nacional impede 2017 de ser um completo fracasso. A classificação para a Libertadores, que é obrigação (e deve acontecer sem problemas) só nos dá esperanças de que 2018 seja melhor. Porém, se o time lembrar o do segundo turno de 2016 nessa parte final do ano, essas esperanças serão ainda maiores.
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