Meia foi eliminado do Mundial sub-17 nesta quarta com o Brasil
Destaque da seleção brasileira no Mundial Sub-17 da Índia – o Brasil foi eliminado pela Inglaterra nesta quarta-feira –, o meia Alan, também chamado de Alanzinho, tem atraído a atenção de grandes clubes da Europa. No Brasil, porém, o Palmeiras acompanha tudo tranquilamente e mantém um projeto bem definido para o seu camisa 10 brilhar no time hoje comandado por Alberto Valentim em um futuro não muito distante.
Mas, para ele ser aproveitado no elenco profissional com frequência, há uma preocupação para não se queimar etapas e prejudicar o processo de formação. Figura sempre presente nas convocações para as seleções de base, Alan atua pelo Palmeiras desde os 13 anos. É o clube do coração dele, como afirmou ao GloboEsporte.com em janeiro, durante a preparação da equipe para a Copa São Paulo.
ssa paixão, inclusive, é uma das apostas da diretoria para ter o atleta por mais tempo no Brasil antes de uma possível experiência no futebol europeu. A exemplo de Gabriel Jesus, que foi formado no Palmeiras e teve uma rápida ascensão, a ideia é de fortalecer a identificação com o clube e construir a imagem de ídolo da torcida. Se possível, com títulos importantes, como ocorreu com o atacante hoje do Manchester City.
Nome sempre envolvido em especulações na Europa – as mais recentes indicavam interesses de Real Madrid, da Espanha, e Arsenal, da Inglaterra –, Alan prorrogou em junho deste ano seu vínculo com o Palmeiras, agora válido até maio de 2020. O clube, dono de 100% dos direitos econômicos, nega qualquer procura e não se pronuncia sobre os valores do contrato do atleta. A multa rescisória já foi especulada em 50 milhões de euros e hoje é avaliada em cerca de 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 57,7 milhões), mas também não há confirmação por parte do Verdão e do staff do atleta.
– Alan é um torcedor do Palmeiras. Desde os 13 anos está aqui, desde o futsal. O sonho dele é jogar no Palmeiras. Claro que o assédio faz parte, mas nos protegemos com contrato renovado antes de ele viajar. São mais três anos e uma multa considerável – afirmou João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Verdão.
Na formação, o clube destaca as características técnicas, mas vê ainda a necessidade de uma evolução física no atleta de 17 anos. Como parte da preparação na base, o Palmeiras tem como costume acelerar processos para facilitar uma possível adaptação ao elenco profissional. Alan, por exemplo, disputou a Copinha deste ano, competição que teve a participação de atletas até 20 anos.
– Existe, sim, uma ideia de utilização (no profissional) tão logo esses últimos obstáculos de recuperação física, de maturidade de jogo, de entendimento na relação com a imprensa e torcida, estejam equacionados – avaliou Cícero Souza, gerente de futebol do Palmeiras, apontando a evolução natural na formação do jogador na base.
Com tranquilidade, o Palmeiras acompanha com satisfação a campanha da seleção brasileira no Mundial Sub-17. Além de Alan, o zagueiro Vitão e o lateral Luan Cândido também fazem parte da equipe. O paraguaio Aníbal Gabriel disputou o torneio pela seleção de seu país.
A base alviverde está em alta também na Seleção sub-15: o técnico Paulo Victor Gomes, os zagueiros Renan e Henri, os meias Fabinho e Gabriel Silva e o atacante Gabriel Veron integram o elenco brasileiro.
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