Campeão da Libertadores em 1999, o Palmeiras voltou a campo pela edição de 2018 nesta terça-feira (03), às 21h45, no Allianz Parque para enfrentar o Alianza Lima-PER
Com a vitória imposta pelo placar de 2 a 0, com gols do zagueiro Thiago Martins e do atacante Borja, o Verdão se manteve com 100% de aproveitamento no torneio, com duas vitórias em dois jogos e lidera o Grupo 8 do torneio com seis pontos. O outro triunfo do time na campanha havia sido conquistado diante do Junior Barranquilla-COL, por 3 a 0, em Barranquilla (Colômbia).
Os gols marcados por Thiago Martins e Borja não só garantiram o resultado positivo ao Alviverde como também fizeram com que o clube ampliasse um recorde que já pertencia a si mesmo: o de ser a agremiação nacional que mais empurrou bolas na rede na história da mais tradicional competição das Américas. Agora são 292 tentos.
Tradição. Essa talvez seja a palavra que melhor defina a ligação do Palmeiras com a Libertadores da América. O Verdão foi o primeiro clube brasileiro a ter sido finalista deste certame, em 1961, enfrentando a equipe do Peñarol-URU e ficando com o vice-campeonato naquela ocasião – ao todo, foram quatro finais disputadas. Além disso, o Alviverde é o clube brasileiro que acumula o maior número de presença em edições do Continental: são 18 ao todo (porém divide a ponta deste ranking com Grêmio e São Paulo).
E os números que fazem do Palmeiras um dos grandes expoentes nacionais história da Libertadores não param por aí. Ao longo da história, o Maior Campeão do Brasil já contou com quatro artilheiros na competição: Tupãzinho (1968, com 11 gols), Lopes (em 2001, com nove gols), Marcinho e Washington (ambos em 2006, com cinco gols cada um).
Curiosamente, os caminhos de Palmeiras e Alianza Lima-Peru, adversário do Verdão nesta noite, já haviam se cruzado anteriormente pela Libertadores. O fato ocorreu em 1979: as equipes se enfrentaram duas vezes e o Verdão levou a melhor em ambas as disputas, vencendo o primeiro jogo por 4 a 2 e o segundo por 4 a 0.
Este foi o oitavo duelo entre Palmeiras e Alianza Lima-PER em toda a história. A história registra, agora, sete triunfos palestrinos e um único revés, com 20 gols marcados e oito sofridos. O primeiro encontro aconteceu em 1960, em partida amistosa – na ocasião, o Verdão bateu o time peruano por 4 a 2 fora de casa, no Estádio Nacional, em Lima, no Peru.
Contra times peruanos, o Alviverde também engordou o seu retrospecto. Se computadas todas as partidas diante de agremiações do país vizinho, o Alviverde também leva vantagem significativa, agora com 28 vitórias, seis empates e oito derrotas em 41 disputas (95 gols marcados contra 43 sofridos). O primeiro adversário peruano do Palmeiras foi o Club Centro Deportivo Municipal, em 1959 (vitória por 7 a 0 em partida amistosa).
O duelo teve sabor especial também para os jogadores Dudu, Moisés e Keno. O capitão palmeirense completou 180 jogos, enquanto os donos da camisa 10 e 11 completaram, respectivamente, 70 partidas trajando o manto do Maior Campeão do Brasil.
O Verdão volta a entrar em campo pela Conmebol Libertadores no dia 11 de abril (quarta-feira) para enfrentar a equipe do Boca Juniors. O duelo, assim como o desta terça-feira (03), também será disputado no Allianz Parque, em São Paulo (SP).
O jogo
O Palmeiras foi a campo com algumas novidades no time titular em relação aos últimos jogos, como a aparição de Mayke na lateral direita, de Moisés no meio de campo e de Keno no ataque.
O time comandado por Roger Machado iniciou a partida com tranquilidade, ditando a cadência do jogo. Coletivamente, o grupo se mostrou extremamente entrosado e pressionou o rival durante todo o primeiro tempo, sofrendo um único susto que poderia ser uma chance real de gol da equipe visitante.
A superioridade do Alviverde nos movimentos iniciais era tão notória que, logo aos 10 minutos do bola rolando, já abriu o marcador com Thiago Martins, após cobrança de falta de Dudu e participação de Antônio Carlos no lance. Em condição legal, o camisa 23 empurrou a bola para dentro Prieto, sem chances para o goleiro . (Palmeiras 1×0 Alianza Lima-PER)
O Palmeiras continuou criando jogadas promissoras ao longo do restante do primeiro tempo, mas, por muito pouco, em algumas oportunidades não conseguiu chegar ao gol, e encerrou sua participação na primeira etapa com a vantagem parcial no placar de um gol.
No segundo tempo, o time de Roger Machado voltou do vestiário sem alterações. O Alviverde continuou mantendo sua postura firme em campo. Logo no primeiro minuto de jogo do segundo tempo, Borja, atento, aproveitou avanço de Keno pela esquerda na grande área rival. O camisa 11 chutou rasteiro e o colombiano, em posição legal, não perdoou. (Palmeiras 2×0 Alianza Lima-PER)
Apesar de continuar mandando na partida após o segundo gol, na etapa derradeira o Maior Campeão do Brasil não dominou plenamente o controle do jogo como nos primeiros 45 minutos, sofrendo alguns sustos. Mesmo assim, se sobrepôs e não decepcionou os mais de 30 mil torcedores presentes na arena esmeraldina.
O segundo tempo ainda ficou marcado pela entrada de Deyverson e Guerra, ambos aos 29 minutos, respectivamente nos lugares de Borja e Lucas Lima. E aos 38 minutos, o lateral-esquerdo Diogo Barbosa voltou a sentir dores – já havia demonstrado incômodo cerca de dez minutos antes – e precisou deixar o gramado, dando vez a Tchê Tchê, improvisado na lateral esquerda.
O placar da vitória poderia ter sido ainda mais elástico se, aos 45 minutos, o árbitro da partida tivesse marcado pênalti claro em cima de Deyverson. No entanto, o lance seguiu normalmente e foi concedido apenas tiro de meta para a equipe peruana.
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