Após protesto em tom de ameaça e gol sofrido no início, Verdão reage na etapa final do Dérbi
Por Felipe Zito — São Paulo – pelo GE
Por todo o cenário construído antes do Dérbi do último domingo, o Palmeiras saiu vivo de Itaquera com o empate por 1 a 1 com o Corinthians. Menos pelo resultado e mais pelo desempenho do time no segundo tempo, o Verdão mostrou força buscar a recuperação no Campeonato Brasileiro.
Depois do protesto totalmente fora da realidade na porta da Academia de Futebol no sábado, com direito a ameaça a Felipão, o Palmeiras tinha tudo para ver seu ano ganhar mais um capítulo negativo. Talvez com consequências no futuro do clube.
Principalmente depois do gol marcado por Manoel, logo aos 12 minutos de jogo.
É verdade que o time de Felipão teve bom início, com bons avanços pelo lado direito. Willian e Deyverson obrigaram Cássio a fazer duas ótimas defesas.
Mas uma sequência de erros de Diogo Barbosa, na falta exagerada na lateral e no erro de marcação em disputa com o zagueiro corintiano, causou pane do lado verde.
Depois desse lance, o torcedor palmeirense viu mais do mesmo que vem sendo apresentado após a Copa América: erros de passe, pouca criatividade na saída de bola, marcação distante e Weverton como destaque.
Na segunda etapa, o Verdão ganhou campo de jogo com Gustavo Scarpa. Com menos erros de marcação de Marcos Rocha e Diogo Barbosa, que foram os pontos de maior problema do time de Felipão no Dérbi, a equipe palmeirense passou a aparecer mais no ataque.
O gol de Felipe Melo não foi uma jogada muito construída, é verdade. O cruzamento em cobrança de falta de Marcos Rocha só ganha importância pelo erro de Vagner Love. E o improvável cruzamento de Deyverson encontrou a cabeça de Felipe Melo para igualar o jogo.
Mas, com dois meias mais próximos e dois atacantes perto da área, e com Dudu mais livre pelo meio de campo, o Palmeiras cresceu e deu sinais de um time que pode recuperar espaço no Campeonato Brasileiro.
Se a torcida voltar a comprar a ideia de jogo do time de Felipão, o Verdão pode brigar com o Santos, hoje com quatro pontos de vantagem na liderança do torneio nacional, e disputar em igualdade com o Grêmio uma vaga na semifinal da Libertadores.
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Por toda história de Scolari no clube, até mesmo a mais recente, o treinador merece respeito. Pode, sim, ser cobrado e criticado por erros, pela queda de desempenho da equipe e até por declarações totalmente fora de contexto.
Mas merece tranquilidade para trabalhar em um time que ainda disputa em boas condições dois títulos em 2019.
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