Pós Jogo – Palmeiras x Capivariano

Após vitória por 2 a 0, Oswaldo destaca postura do Capivariano no jogo deste sábado e importância de chutar a gol contra adversários mais fechados

O Palmeiras venceu o Capivariano por 2 a 0, na noite deste sábado, mas demorou a fazer os gols. Com dificuldades para superar o bloqueio defensivo do adversário, o Verdão se valeu de uma bela cobrança de falta de Robinho, aos 35 minutos do segundo tempo, para abrir o caminho para o quarto triunfo consecutivo no Paulistão.

Robinho foi um sopro de criatividade num jogo que se arrastava de maneira monótona, neste sábado, na arena palmeirense. Com dois gols do meia, ambos no segundo tempo, o Verdão disparou na liderança do Grupo 3 do Campeonato Paulista, com 15 pontos. O time do interior, apesar da derrota, segue na zona de classificação do Grupo 4: é vice-líder com seis pontos.

Arouca estreiou bem com a camisa do Verdão e saiu muito aplaudido. Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Arouca estreiou bem com a camisa do Verdão e saiu muito aplaudido. Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

O Palmeiras começou bem a partida, empurrado por mais de 32 mil torcedores que compareceram à arena, trocando bons passes e encurralando o Capivariano para trás. Allione quase marcou logo na saída. Seu chute rasteiro foi salvo perto da linha. Em seguida, Cristaldo acertou a trave. O problema do Verdão foi que o apetite durou pouco. O segundo lance foi aos 3 minutos. Depois disso, uma pasmaceira só, com o time da casa tendo a bola mas sem acertar o último passe, e o visitante aparecendo em chutes de longe sem direção.

O início do segundo tempo também apresentou o Palmeiras em cima. Aos 4, Cristaldo voltou a acertar a trave, após chute desviado pelo goleiro Douglas. A diferença foi que, dessa vez, o Verdão caprichava mais para trocar passes e criar chances. Faltava acertar o arremate. Como o Capivariano não atacava, o time da capital tinha calma para ir insistindo, experimentando, até acertar o alvo, aos 35, em uma ótima cobrança de falta de Robinho.

– Eu aprendi a bater falta com o Alex no Coritiba – explicou Robinho, lembrando do ex-ídolo palmeirense, que foi seu companheiro no Coxa.
O lance fez os palmeirenses esquecerem o pênalti não marcado em Cristaldo, quatro minutos antes. O argentino foi derrubado por Mallon dentro da área. Teria sido pênalti claro, se o palmeirense não estivesse em posição de impedimento. A arbitragem, porém, não marcou nem uma coisa nem outra.

Com a vantagem no placar, o Palmeiras teve tranquilidade para tocar a bola e marcar o segundo, novamente com Robinho, aos 43, após receber passe de Dudu. A partida marcou a estreia de Arouca, que teve boa atuação, mostrou disposição e já deu mostras de que poderá ser bastante útil para o técnico Oswaldo de Oliveira.
Os dois times agora voltam suas atenções para a Copa do Brasil. O Verdão vai a Vitória da Conquista, na Bahia, estrear na competição nacional na quarta-feira. No mesmo dia, o Capivariano receberá o Caxias, em Capivari.

O técnico Oswaldo de Oliveira elogiou a postura da equipe do interior e disse cobrar seu time por mais finalizações.

– Nós começamos o jogo pressionando muito e, em consequência, tivemos em cinco minutos duas boas chances de

Oswaldo de Oliveira na vitória sobre o Capivariano. Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Oswaldo de Oliveira na vitória sobre o Capivariano. Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

marcar. O gol não saiu e passamos do limite desse controle. Houve um momento depois do inicial que começamos a passar um pouco da bola, vamos dizer assim. Mas acho que a grande dificuldade não foi o nosso time, foi a postura do Capivariano, que jogou defensivamente muito bem organizado – argumentou Oswaldo.

Parte da torcida alviverde chegou a perder a paciência com a equipe pela quantidade de passes trocados antes de chutar a gol. Oswaldo admitiu a necessidade de finalizar mais e aproveitar os espaços dados para tentar superar a defesa adversária de alguma forma.

– Cobro sempre. O tempo todo sempre digo: se não chutar, não vai fazer o gol. Quando você joga contra este tipo de barreira, a bola bate em alguém e tira do goleiro, já cansamos de ver. Ocorre que o adversário hoje conseguiu fazer um bloqueio e limitar os arremates. Abdicaram do ataque e jogavam em função do nosso erro. Por isso, se aglomeravam na área de finalização e tiravam nossa possibilidade.

Líder do Grupo 3 do Campeonato Paulista, com 15 pontos ganhos, o Palmeiras volta a campo na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil. A estreia na competição nacional será contra o Vitória da Conquista, na Bahia.

 

Robinho comemora um de seus gols que deram a vitória para o Verdão. Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Robinho comemora um de seus gols que deram a vitória para o Verdão. Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Confira os principais trechos e ouça a coletiva do técnico Oswaldo de Oliveira após a vitória:


ANÁLISE DA VITÓRIA

– Nós começamos o jogo pressionando muito e, em consequência, tivemos em cinco minutos duas boas chances de marcar. O gol não saiu e passamos do limite deste controle. A grande dificuldade foi a postura do Capivariano, que jogou defensivamente muito bem organizado. Soube neutralizar em momentos o que trabalhamos. Não adianta ter pressa. Tínhamos 90 minutos para fazer o gol, e em consequência do primeiro fizemos o segundo.

UTILIZAÇÃO DO AROUCA
– Quanto ao Arouca, minha primeira impressão foi em 2006, hoje é consequência disso. Como estava há muito tempo sem jogar, em algum momento iria afogar, e eu estava muito atento a isso. Como precisávamos dar agilidade, da maneira como o time vinha jogando, com o Alan, Robinho e Gabriel, eu uni o útil ao agradável. Tirar o Arouca, porque estava no limite, e dar a mobilidade maior, que, com a lesão do Alan, interrompemos. Mas com a passagem do Zé para o meio forçamos, com a mesma intensidade, até o gol sair.

ANSIEDADE DA TORCIDA
– Normalmente, não dá para ouvir (a torcida atrás do banco). Tenho um controle que, quando estou muito focado em algo, praticamente esqueço o resto. Não ouço. Lógico que, às vezes, quando faz silêncio no estádio e tem um tenor, acabo ouvindo (risos). Mas procuro me isolar um pouco, porque se pensar com a cabeça de 40 mil e não com a minha, vai dar uma confusão danada.

ENTRADA DO RAFAEL MARQUES
– O que aconteceu foi o seguinte: o Cristaldo, no nosso momento de maior pressão, levou uma pancada muito forte. Aqui falamos paulistinha. Foi muito forte, e aquilo praticamente o tirou do jogo. A ideia de entrar com o Rafa era para ter mais presença na área. Logo no início, ele conseguiu cabecear duas bolas, e isso foi flagrante. A principal ideia da entrada do Rafael era ter mais presença de área e ter mais possibilidade de entrar na área do adversário.

FINALIZAÇÕES
– Cobro sempre. O tempo todo sempre digo: se não chutar, não vai fazer o gol. Muitas vezes, isso já aconteceu comigo. Quando você joga contra esse tipo de barreira, a bola bate em alguém e tira do goleiro, já cansamos de ver. Ocorre que o adversário hoje conseguiu fazer um bloqueio e limitar os arremates. Abdicaram do ataque e jogavam em função do nosso erro, por isso aglomeravam na área de finalização, e tiravam nossa possibilidade de finalizar ali.

ROBINHO
– O Robinho não é uma surpresa. Eu o acompanho no Coritiba há muitos anos, e a vinda dele para cá foi muito oportuna. Um jogador experiente, que cresce a cada dia, querido pelo grupo, que chama o jogo. É imprescindível no nosso time. Foi presenteado com os dois gols, pelo esforço que ele tem demonstrado.

COMO FURAR BLOQUEIOS
– Sempre converso com a equipe, principalmente nos jogos em casa. As equipes de menor investimento vêm com essa proposta de jogo. Ocorre que temos 90 minutos para fazer o gol. Independentemente do momento que sair ele, será bem-vindo. No início, poderíamos ter feito dois gols.

MEIO-CAMPO
– Acho que o meio-campo foi muito utilizado, chegamos muito, o adversário teve de trabalhar. Nosso setor de criação é muito forte. São jogadores que se alternam ali. Isso está em evolução, estamos trabalhando para fazer o gol. Hoje fizemos dois, outro dia não fizemos nenhum. Em outras duas oportunidades fizemos três. São alternativas do jogo.

GABRIEL E AROUCA
– Precisam se conhecer melhor, mas hoje trabalharam com bastante autoridade. No primeiro tempo, vimos Arouca e Gabriel dentro da área, revezando na saída de bola.

INSTABILIDADE DO ALLIONE
– O Allione tem 20 anos, é natural. Ele tem o afã do jovem. É um jogador de extrema habilidade, velocidade, visão de jogo e, à medida que for treinando, jogando, vai conquistar a experiência. Temos de ter paciência e saber ter sensibilidade de conduzir isso. Não tenho dúvida que vai ultrapassar essa fase e vai saber o momento certo de passar, driblar, quando estiver participando das jogadas.

 Fonte: Globoesporte.com

Author: MP

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