Um início avassalador. 4×0 em clássico, 8 jogos de invencibilidade, principais mídias esportivas do país tornando o Palmeiras um forte candidato ao título, time jogando bem, ataque objetivo, meio campo bem armado, melhor defesa do Brasileiro, pontos perdidos no começo da competição recuperados, mas…. nos últimos dois jogos duas derrotas, uma delas em casa e outra para o então 16º colocado. O que houve com este bom time de Marcelo Oliveira?
Primeiramente já deveríamos saber que era impossível manter aquela pegada até o fim do campeonato. Sim senhores, uma hora o time do Palmeiras ia perder. Tudo bem que eu não esperava que fosse num jogo em casa, Allianz Parque lotado e etc, mas o deslize veio. Eu considerei normal, não me preocupei, afinal, foi um tropeço de um bom time. Pensei: até bom perder agora, mostrar oscilação pra depois engrenar de vez. Devemos também salientar o mérito do Atlético-PR e de seu técnico, Marcos Mendes, que soube anular muito bem a equipe palestrina e ser efetivo quando precisava.
Chegamos ao Mineirão no domingo seguinte pensando: 1º time fora do Z4, desfalcados e ainda por cima temos mais time? Oba, vamos entrar mordidos pela vitória. E infelizmente não foi o que vimos. Vimos um time afobado, apático, com meio campo perdido e com a zaga falhando muito. O que aconteceu com aquela zaga que ninguém passava? E a linha atacante de raça extremamente objetiva? É pessoal, duas derrotas seguidas fazem a gente levantar a orelha, mas calma, não é motivo de desespero e preocupação.
Perder nunca é bom, mas sejamos sinceros, por mais que após a partida diante do Vasco tenhamos sonhado com 4 vitórias até o fim do turno, sabíamos que a derrota viria em algum momento e que um empate com o Cruzeiro no Mineirão, por pior que seja sua situação no campeonato, seria algo considerado comum. O grande problema da derrota do último domingo foi ter perdido em casa, no domingo anterior. Não fosse essa primeira derrota, estaríamos mantendo a mesma confiança. De qualquer forma, não considero os resultados o fim dos mundos. O tropeço de verdade foi contra o Atlético-PR, em casa. Por causa dele, calhou de colecionarmos duas derrotas seguidas no campeonato.
Não é hora de buscar culpados ou explicar os ocorridos por ausência de outros. Gabriel faz muita falta, nenhum substituto terá seu nível mas, mesmo sem ele, continuaremos tendo um BOM time capaz de brigar pela ponta ou, pelo menos, pelo G4. É hora de sabermos que está sim tudo sob controle e, mais uma vez, jogar fora de casa correndo atrás dos pontos perdidos em casa.
Importante lembrar que o deslize aconteceu no momento certo (por mais que concorde com Prass, que não há hora certa para perder) e que, para manter nosso sonho de conquistar algo grande, precisamos estar bem no returno, quando teremos em 5 jogos o líder, o vice-líder em um clássico em casa e outros 3 jogos diante de times na parte de baixo da tabela.
Portanto, agora é o momento de entrar com muita garra, disposição e calma diante do último colocado fora de casa igual fizemos contra os outros times na sequência de 8 jogos sem perder. Não é pra torcida desesperar e nem já achar que todo mundo desse time é um lixo. Uma vitória hoje significa descontar a derrota sofrida no Allianz Parque, pelo maior rival do nosso adversário da noite, e depois emendar mais uma vitória com casa cheia pra fechar o turno. Isso sim mantém o cronograma sob controle, aceitando deslizes comuns que qualquer time tem durante um campeonato tão longo e com disposição para iniciar o returno diante do líder fora de casa.