Ainda nas comemorações do título, Paulo Nobre, torcedor e presidente do Verdão, comentou sobre a reestruturação do Palmeiras e exaltou a grandeza do clube
O Palmeiras sagrou-se tricampeão da Copa do Brasil na noite desta quarta-feira (2) ao bater o Santos por 2 a 1 no tempo normal e por 4 a 3 nas penalidades máximas.
“Meu primeiro biênio como presidente não agradou o palmeirense. Pegamos o clube falido em 2013, na segunda divisão, e fizemos trabalho sem dinheiro algum para voltar. Era obrigação nossa, mas o torcedor também queria ter ganhado a Libertadores, Copa do Brasil e Paulista daquele ano. Não faltou sangue na veia e raça ao time que se superava cada vez mais. Iniciamos 2014 como favoritos no Paulista, mas caímos na semifinal. Desde então, o ano foi turbulento. Tentamos fazer o possível e o impossível, e aquele mês de novembro de 2014 eu não desejaria a ninguém. Ter a possibilidade de voltar para a segunda foi sofrido, mas permanecemos. Eu sabia das perspectivas em 2015 e do sonho de ter o patrocínio máster. Investimos no Avanti e ninguém acreditou que podia crescer. Em 2015, tudo começou a acontecer: o sócio-torcedor cresceu em função do novo time, vieram os patrocínios da Crefisa, Prevent Senior e FAM, que deixaram o Palmeiras em situação inimaginável, pois conseguimos o maior patrocínio da historia do nosso centenário. Tivemos a camisa mais cara do Brasil e fomos na contramão dos ‘especialistas’ que dizem saber de futebol”, falou.
“O futebol é uma ilha no meio do mundo dos normais. Quando o Itaú BBA soltou uma nota dizendo que o Palmeiras era um dos piores times para se investir em 2015, pensei: ‘Será que nossos patrocinadores não estão satisfeitos?’. Os patrocínios e as contratações vieram, e a torcida empolgou. Carregaram o time o ano inteiro, lotaram o Allianz Parque mesmo com o ingresso que não é barato. Entre outras palavras, o ano de 2015 começou totalmente diferente. Chegamos à final do Paulista e ficamos com o vice, situação muito semelhante ao que ocorreu na noite desta quarta. De qualquer maneira, o Santos está de parabéns. O que posso dizer é que sou muito agradecido como presidente, bem como agradeço a todos os patrocinadores que acreditaram que 2015 seria melhor a nós. Agradeço a torcida do Palmeiras por tudo o que fizeram durante os 90 minutos de cada jogo. Nos jogos mais complicados, o Palmeiras se superou, mostrando o brio desse elenco, a qualidade da comissão e de todos os profissionais envolvidos. Começamos a colher o que plantamos com responsabilidade. O Palmeiras tem em seu DNA as vitórias e o título. De nada adiantaria a gestão se não existissem frutos. Esse grupo merece, fez por onde para chegar e se consagrou ao final da temporada com esse título”, completou o presidente.
Quanto ao contrato de Marcelo Oliveira, o presidente do Verdão foi unânime.
“Falou-se muito no nome do Cuca nos últimos tempos, mas ele nunca foi cogitado no Palmeiras. O Marcelo tem contrato até dezembro de 2016”, lembrou.
Ao encerrar a coletiva, Nobre fez questão de agradecer figuras que passaram pelo Palmeiras durante sua gestão.
“Agradeço a todos que fizeram parte desse título: comissão, jogadores, gandulas e todo mundo, e queria dividir a minha parte do título com algumas pessoas: Gilson Kleina, treinador do acesso em 2013; Ricardo Gareca, um treinador espetacular que infelizmente não deu certo no projeto que criamos, mas que respeito muito; Dorival Junior, que esteve conosco no fim do ano passado; ao Oswaldo, que montou a base do time atual; Omar Feitosa, que é meu amigo e esteve comigo nos anos 2013 e 2014; e ao Brunoro, que teve função brutal na nossa reestruturação no primeiro mandato”, finalizou o presidente.
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