Com investimentos de R$ 300 mil, a WTorre, administradora do Allianz Parque, realizou nos últimos meses a troca total do gramado, agora mais forte para suportar jogos e shows
Ponto de críticas durante o primeiro ano de utilização do estádio, o gramado passou por uma evolução segundo Alexandre Costa, gerente geral do Allianz Parque, que reconheceu a troca como fundamental:
“Estávamos ansiosos para dar esta notícia à torcida palmeirense que tanto se orgulha de sua arena. O gramado foi nosso ponto nevrálgico ao longo de 2015 e só faltava este importante ponto para termos nota 10 em todos os quesitos”, afirmou Costa. “Gerir um gramado é um aprendizado. No ano passado passamos por várias provas, algumas com dificuldade, mas fomos evoluindo. Houve uma altura que tomamos a decisão de que a evolução seria fazer a troca integral do gramado no fim da época esportiva. Assim o fizemos e hoje está pronto para receber o próximo jogo do Palmeiras, no sábado. Nossa arena é multifuncional, está preparada para receber jogos de futebol com alto nível de qualidade, mas também outros tipos de eventos. Essa troca era fundamental para ser como o Allianz Parque tem estado, na ponta de inovação e modernismo na gestão de arenas”, completou o gerente.
O processo de retirada do gramado antigo foi iniciado logo após o último show do ano em 21 dezembro e finalizado hoje, 11 de janeiro.
“Tão logo terminou o calendário de shows e jogos de 2015 começamos a retirar a grama original e iniciamos o processo de replantio e manutenção da nova grama”, afirma Fabio Camara, diretor técnico e sócio da World Sports, empresa responsável pelo gramado do Allianz Parque. O trabalho contou com consultoria da engenheira agrônoma Maristela Kuhn, referência brasileira no tratamento de gramados esportivos.
A troca total da grama é uma etapa no processo de melhoria contínua do campo do Allianz Parque.
“Com a substituição da grama, colocamos em prática todo o aprendizado de 2015, mas é preciso cautela, porque, embora o planejamento seja bastante detalhado, estamos falando de um ser vivo, que é a grama, e não é possível garantir em 100% que nunca mais teremos problemas”, completa Costa.
Uma novidade trazida pelo Allianz Parque é a criação de um viveiro de 500 metros quadrados dentro da arena. As obras do viveiro devem ser concluídas em cerca de um mês e ele ficará localizado na cobertura do edifício garagem. Há ainda a possibilidade de criação de um novo viveiro em uma fazenda próxima à São Paulo, para utilização de um espaço maior. A grama cultivada nesses locais terá o mesmo tratamento do gramado oficial e será utilizada em casos emergenciais, quando não há tempo hábil para fazer a recuperação do gramado. Assim, caso uma parte do campo seja danificada ao longo de um evento e os técnicos concluam que é necessário realizar a troca, será possível substituir o gramado pelo do viveiro, ganhando agilidade na reposição das áreas.
“Em casos extremos, conseguiremos fazer a troca assim que for retirada a cobertura do gramado se notarmos algum dano”, diz Costa. A expectativa é que as áreas plantadas estejam em condições de jogo em menos de dois dias, uma vez que a grama já deve chegar ao campo com raízes maiores e com um tapete de areia mais pesado.
Segundo Camara, o tipo de grama é o mesmo (Bermuda TifGrand) utilizado anteriormente. Esse gramado é o ideal para estádios com coberturas bastante fechadas, que geram grandes áreas de sombreamento, como é o caso do Allianz Parque. Essa espécie é utilizada em outros estádios com características similares, como a Arena do Grêmio, em Porto Alegre, e o BBVA Compass Stadium, em Houston.
O que muda em relação ao gramado anterior é o sistema de plantio. No método utilizado agora, a grama foi aplicada diretamente na areia, sem camada de argila.
“Esse já era um fator que queríamos desde o início, não foi possível por conta do tempo disponível inicialmente, mas agora tivemos esse tempo hábil e o gramado fica infinitamente mais enraizado e mais resistente, com uma qualidade melhor não só para futebol, mas para eventos no gramado.”
Tipo de grama: Bermuda TifGrand Sistema de plantio: Plantio em rolos de grama sem solo (rolos lavados) Tempo de uso no Brasil: 2 anos Vantagens: Melhorada geneticamente para aguentar áreas de sombra e ter excelentes condições de jogo Investimento: R$ 300 mil Curiosidades: O plantio do gramado demandou 16 caminhões e 3 toneladas de fertilizantes