O presidente Paulo Nobre e o diretor de futebol Alexandre Mattos concederam entrevista coletiva nesta sexta-feira (14), na Academia de Futebol
“O que aconteceu ontem no Rio pode manchar a história do campeonato. Ontem, esteve no Rio o trio de arbitragem mais experiente do Brasil, os três foram para a Copa do Mundo. Não dava para ter arbitragem mais experiente do que teve ontem, só que os árbitros são seres humanos e todos estão sujeitos à pressão. Não é possível mais aceitar esse nível de pressão que estão fazendo no Brasileiro, o futebol se joga dentro de campo. O Palmeiras foi considerado o Campeão do Século XX por jogar futebol dentro de campo, o Palmeiras teve 12 conquistas nacionais por jogar futebol dentro de campo. O Palmeiras foi rebaixado por duas vezes para a segunda divisão e foi o primeiro clube grande a voltar dentro de campo”, declarou Nobre, relembrando com detalhes o ocorrido no clássico carioca.
“O bandeira anula o gol, e isso não está em discussão se foi ou não (impedimento), claro que foi. O árbitro foi falar com o juiz, e ele valida o gol por chegar à conclusão de que o jogador que fez o gol não estava impedido. Demoram 13 minutos em uma verdadeira reunião de condomínio dentro de campo, 60 pessoas circundando o árbitro. Os policiais até tiveram de fazer uma roda, e aí vem o quarto árbitro e o delegado da partida e, 13 minutos depois, o árbitro anula o gol? É brincadeira isso? O Palmeiras não admitirá este tipo de pressão. O futebol é jogado dentro de campo e sempre vence o melhor. Estamos aqui para trabalhar sério para fazer do Palmeiras um time competitivo e não admitiremos esse tipo de coisa”, completou.
Alexandre Mattos também discursou sobre o caso.
“O Palmeiras vem buscando um jogo limpo, em campo. Percebemos uma verdadeira reunião de condomínio dentro de campo, assim como o Paulo chamou. Eu contei aproximadamente 60 pessoas. Isso mostra uma preocupação grande. Se voltar um pouco atrás, o Flamengo se pronunciou contra árbitro paulista nos jogos do Flamengo. O Palmeiras não é assim. Quando tem de falar, fala na CBF como tem de fazer. Essa pressão absurda de achar que fará isso e que acarretará em algum tipo de ganho não acontecerá. É um recado direto para quem acha que o Brasileiro se resolverá fora de campo por pressãozinha. Isso não acontecerá com essa diretoria. O Palmeiras tem 61 pontos jogando bola e vencendo dentro de campo”, afirmou o dirigente.