Com estrela vermelha, Palmeiras eterniza título mundial de 1951

Primeiro campeão mundial de clubes da história, o Palmeiras eternizará a maior conquista de sua história em seu uniforme de jogo.

Seu bebê caracterizado com as cores do Verdão, com muita fofura.

A partir do duelo com o Atlético Tucumán-ARG, nesta quarta-feira (24), às 21h45, no Allianz Parque, em partida válida pela Conmebol Libertadores Bridgestone, uma estrela vermelha estará estampada logo acima do brasão da equipe, fazendo referência ao título vencido no dia 22 de julho de 1951, diante da Juventus, da Itália, no estádio do Maracanã.

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“A estrela vermelha é uma demonstração de respeito à conquista, ao nosso torcedor, aos nossos ídolos e à nossa história. Estamos fazendo isso para valorizar a nós mesmos. Respeitamos qualquer opinião, mas o que importa é o sentimento, e o sentimento é que este é o maior título da história do Palmeiras e valorizaremos isso”, declarou o presidente do Verdão, Maurício Galiotte.

A estrela estampará o uniforme do clube pela 1ª vez no duelo contra o Tucumán-ARG. (Divulgação)

A estrela estampará o uniforme do clube pela 1ª vez no duelo contra o Tucumán-ARG. (Divulgação)

A estrela na camisa já era prevista no estatuto do clube. A ideia de oficializá-la foi apresentada em reunião do Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira (23) e foi aplaudida de pé pelos participantes.

Inspirado na Copa do Mundo de 1950, na qual o Brasil foi superado na grande decisão pelo Uruguai em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro, o Mundial de Clubes de 1951 reuniu os principais campeões nacionais da Europa e da América do Sul. Em parceria com a CBD (atual CBF) e com aval e participação da FIFA, a competição era vista como uma grande oportunidade para o futebol brasileiro dar a volta por cima após a taça perdida um ano antes com a Seleção.

O Mundial ocorreu entre os dias 30 de junho e 22 de julho e paralisou a disputa dos campeonatos regionais daquele ano. Os duelos ocorreram no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, e do Maracanã, no Rio de Janeiro. A divisão no Eixo Rio-São Paulo podia ser presenciada também na separação dos grupos da primeira fase: Estrela Vermelha-IUG, Juventus-ITA, Nice-FRA e Palmeiras jogaram na capital paulista, enquanto Áustria Viena-AUT, Nacional-URU, Sporting-POR e Vasco atuaram no Rio. As equipes se enfrentaram em turno único dentro de seus respectivos grupos. Os dois melhores colocados de cada chave avançaram às semifinais, e, em seguida, às finais, disputadas em dois jogos cada.

O adversário do Palmeiras na semifinal foi o Vasco da Gama. O primeiro encontro ocorreu no Maracanã lotado e ficou marcado pela contusão de Aquiles, que fraturou a perna em dividida com o goleiro Barbosa, ficando sete meses sem poder atuar. O atacante virou uma espécie de mártir do elenco, que, após o acidente, prometeu conquistar o título de qualquer forma. Mesmo com o incidente, o Alviverde venceu os cariocas por 2 a 1. Quatro dias depois, o Verdão segurou o empate no duelo de volta e se classificou para a grande final.

Depois de pintar a cidade do Rio de Janeiro de verde e branco, o Palmeiras se tornou o primeiro clube da história a conquistar um título de abrangência mundial após superar a Juventus, da Itália, na decisão da competição – vitória por 1 a 0 no primeiro jogo e empate por 2 a 2 no segundo.

Confira abaixo as fichas técnicas dos dois duelos decisivos do Mundial de 51:

18/07/1951
Mundial de Clubes de 1951 – Final (primeiro jogo)
Palmeiras 1×0 Juventus

Estádio do Maracanã. Rio de Janeiro-RJ
Juiz: Franz Grill (Áustria)
Palmeiras: Fábio Crippa; Salvador e Juvenal; Túlio, Luiz Villa e Dema; Lima, Ponce de León, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon
Juventus: Viola; Bertucceli e Manente; Mari, Parola e Piccinini; Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Vivole e Praest. Técnico: Jesse Carver
Gol: Rodrigues (20’ do 1ºT)

22/07/1951
Mundial de Clubes de 1951 – Final (segundo jogo)
Juventus 2×2 Palmeiras

Estádio do Maracanã. Rio de Janeiro-RJ
Juiz: Gabriel Tordjan (França)
Palmeiras: Fábio Crippa; Salvador e Juvenal; Túlio, Luiz Villa e Dema; Lima, Ponce de León (Canhotinho), Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon
Juventus: Viola; Bertucceli e Manente; Mari, Parola e Bizzoto; Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Johan Hansen e Praest. Técnico: Jesse Carver
Gols: Praest (18’ do 1ºT), Rodrigues (2’ do 2ºT), Karl Hansen (18’ do 2ºT) e Liminha (32’ do 2ºT)

Author: MP

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