O Palmeiras recebeu e venceu o Sport por 4 a 1 pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro na noite desta quinta-feira (16), às 20h (de Brasília), no Allianz Parque.
Com dois gols de Deyverson, um de Luan, um de Dudu e outro de Keno, o triunfo rendeu ao Verdão a manutenção da 3ª posição, agora com 60 pontos – um a menos do que o Grêmio, segundo colocado na tabela do torneio.
Além disso, matematicamente, a derrota sofrida pelo Botafogo para o Atlético-GO, corrobora com a contagem palmeirense. Associado à vitória do Verdão nesta quinta, o resultado do rival carioca, além de uma eventual derrota do Flamengo contra o Coritiba (que vinha acontecendo até o encerramento do jogo do Verdão) já garantiria o Alviverde, no mínimo, como quarto colocado do Brasileirão – independentemente dos resultados que venha a conquistar até a 38º rodada do certame.
Essa também foi a maior goleada do Palmeiras sobre o Sport no retrospecto geral, superando os 4 a 1 de 1996, também pelo Campeonato Brasileiro, quando o Verdão bateu o rival no Palestra Italia com dois gols de Luizão, um de Djalminha outro de Elivélton.
Os cinco gols do Verdão fizeram com que o time e ainda ampliasse o recorde de equipe com o ataque mais positivo da Série A do Brasileirão: a equipe agora soma 58 bolas na rede – sete a mais do que o Grêmio, segundo colocado neste quesito, que possui 51.
A vitória conquistada diante do Sport foi especial para um jogador em particular: o atacante Willian. O dono da camisa 29 do Palmeiras se recuperou de lesão recentemente e voltou a campo pela primeira vez desde 19 de outubro, quando enfrentou a Ponte Preta. Em seu retorno, o atacante completou 50 jogos com a camisa da agremiação palestrina.
Outro privilegiado na partida foi Dudu, que com o gol marcado ficou mais perto do meia Valdivia em número de bolas na rede com a camisa do Palmeiras: o chileno possui 41 tentos (e o capitão palmeirense agora possui 40). Se fizer mais um gol, portanto, o atual camisa 7 passará a dividir a segunda posição na lista de maiores artilheiros palmeirenses do Século XXI com Valdivia – ambos ficariam atrás apenas de Vágner Love, que balançou as redes adversárias por 54 vezes com o manto palestrino considerando jogos a partir de 2001.
Os últimos adversários do Verdão neste Brasileirão serão: Avaí, em 20/11 (segunda-feira), na Ressacada; o Botafogo, no Allianz Parque, em 27/11 (segunda-feira) e no dia 03/12 (domingo), contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada.
Allianz Parque
O Palmeiras se aproxima cada vez mais da importante marca de 100 partidas na história do Allianz Parque. Já contabilizando a partida diante da equipe pernambucana nesta quinta-feira (16), ao todo, o time alviverde já disputou 93 duelos no local, sendo 60 vitórias, 16 empates e 16 derrotas. O Verdão marcou 170 gols e foi vazado 77 vezes.
O maior artilheiro da história da arena é o atacante Dudu, que hoje ampliou o seu, chegando ao 21º gol marcado no local. Enquanto isso, o goleiro Fernando Prass lidera o ranking de atletas que mais atuaram (78 vezes) e mais venceram (52 triunfos) no Allianz Parque. Já o técnico que mais comandou o Alviverde no local é Cuca, que dirigiu o time em 35 oportunidades.
A maior sequência de vitórias do Palmeiras no Allianz Parque é de oito triunfos – a marca foi estabelecida duas vezes. A primeira vez aconteceu entre fevereiro e abril de 2015, enquanto a mais recente foi alcançada entre abril e junho de 2016. Já a maior série invicta na arena (considerando apenas o período Allianz Parque – a partir de 2014) é de 28 jogos: começou a ser construída em 2016 e perdurou até esta temporada.
Considerando os jogos realizados no local em todos os tempos, independentemente da fase física da casa palmeirense, a maior sequências sem derrotas foi imposta nos anos 80 (entre 1986 e 1990), com 68 jogos invictos – essa é a melhor marca sem reveses de uma equipe dentro de seu próprio estádio no mundo todo.
O jogo
A principal novidade no time do Palmeiras em relação à equipe titular que enfrentou e venceu o Flamengo por 2 a 0 foi a escalação de Jean na lateral direita, antes ocupada por Mayke. O camisa 2 fez sua primeira partida desde outubro, no empate por 2 a 2 contra o Cruzeiro. Já como lateral-direito, Jean não atuava desde agosto, quando ajudou o Verdão a golear o São Paulo por 4 a 2 com o mando de campo a favor.
Os minutos iniciais do primeira etapa muito disputados. O Sport, que antes do início da rodada já estava na zona de rebaixamento, adotou uma postura extremamente ofensiva sobre o Verdão, tentando marcar pressão em pleno Allianz Parque, e foi para o tudo ou nada.
Com o passar do tempo, porém, o jogo foi ficando novamente equilibrado, com o Palmeiras passando a também criar chances de gol. Fernando Prass foi um dos destaques alviverdes no primeiro tempo: o goleiro fez pelo menos três defesas difíceis.
Tentando valorizar a passe de bola, ainda na reta final da etapa inicial, o Alviverde passou a visar a ditar a cadência, tentando jogadas de ataque com Keno, Deyverson e Dudu no ataque: para isso, o meio de campo palestrino, formado por Moisés, Tchê Tchê e Felipe Melo trabalhava para municiar o setor ofensivo.
Apesar de ter sofrido alguns sustos nos primeiros 45 minutos, o Verdão soube trabalhar bem a linha defensiva, hoje composta por Luan e Edu Dracena – na zaga – e por Jean e Michel Bastos – nas laterais. O camisa 15, inclusive, se mostrou atento ao salvar o Verdão, afastando uma bola quase dominada pelo atacante do clube Rubro-Negro, que estava frente a frente com o goleiro Fernando Prass.
Do intervalo, o Palmeiras comandado pelo técnico Alberto Valentim voltou sem alterações. Assim como no período anterior, o segundo tempo começou frenético e com certa pressão imposta pela equipe visitante. Apesar da surpresa, o Verdão não se deixou abalar e partiu para cima do rival.
Em um intervalo de dez minutos, o Palmeiras emplacou uma sequência de pelo menos cinco chances reais de gol, invertendo o lado da pressão. A primeiro delas com Jean, aos sete, que, após cruzar pela direita, encontrou Deyverson, que ajeitou para Dudu. O camisa 7 palestrino viu Keno em disparada pela esquerda e ligou o atacante. Com a bola dominada, o dono da camisa 27 chutou de pé direito, mas a bola foi para fora – passou muito perto!
Logo em seguida, Deyverson recebeu um passe na medida de Moisés, concluiu de pé esquerdo, mas acabou não conseguindo vazar o adversário. Novamente por muito pouco, a bola não entrou, indo embora pelo lado esquerdo do goleiro oponente.
Após desperdiçar, Deyverson se redimiu com os mais de 18 mil palmeirenses presentes no estádio e abriu o placar, aos 11, aproveitando passe de Dudu. De pé esquerdo, o atacante chutou e vazou o adversário. (Palmeiras 1×0 Sport)
Em seguida foi a vez Dudu quase marcar o seu: Keno cruzou para dentro da área. A bola, no entanto, desviou na zaga do time pernambucano e sobrou para Dudu, que não hesitou em bater de primeira. A bola não entrou, mas passou tirando tinta da trave.
Aos 18, o Verdão ampliou sua vantagem sobre a equipe visitante com o zagueiro Luan. Na grande área, de cabeça, o jogador aproveitou cobrança de escanteio de Dudu e não desperdiçou. (Palmeiras 2×0 Sport)
Em seguida, com mais tranquilidade o Verdão passou a mandar na partida plenamente. Edu Dracena saiu para a entrada do zagueiro Antônio Carlos aos aos 20, enquanto Moisés deixou o gramado para dar lugar a Willian, aos 31.
Com as alterações de Valentim, em pouco tempo o Verdão chegou a mais um gol. Novamente com ele: Deyverson marcou o terceiro do Palmeiras aos 33, após corte errado do zagueiro do time pernambucano no passe de Keno. O camisa 16 aproveitou a bobeira do adversário e não perdoou. (Palmeiras 3×0 Sport)
Pouco tempo após sofrer o terceiro gol, o Sport reagiu, mostrando não ter se entregado. Com Diego Souza, diminuiu a diferença aos 37 e passou a correr mais, apostando todas as fichas no ataque em busca de um empate milagroso. (Palmeiras 3×1 Sport)
Até pelo fato de abrir o time no módulo ofensivo, o Sport passou a ficar mais vulnerável. Já com Thiago Santos no lugar de Felipe Melo, o Verdão aproveitou a fragilidade defensiva do rival nos últimos dez minutos de jogo e impressionou.
Aos 44, Dudu já havia perdido a bola em um lance de ataque. Com muita raça, o jogador acreditou no lance até o final, desarmou o zagueiro que havia lhe tomado a bola e chutou com força contra a meta dos visitantes. (Palmeiras 4×1 Sport)
Para fechar com chave de ouro, Keno foi outro jogador que pôde se redimir com a torcida. Mesmo não conseguindo marcar nos minutos iniciais do segundo tempo, Keno fechou a goleada alviverde no Allianz Parque aos 46, após receber assistência de Willian. (Palmeiras 5×1 Sport)
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