Com contrato firmado até o fim de 2018, o técnico Roger Machado foi apresentado oficialmente nesta quarta-feira (29).
Com serenidade e muita motivação, o novo comandante do Verdão explicou o método de trabalho que pretende colocar em prática no clube, citando até a gloriosa época em que a equipe palestrina ganhou o apelido de Academia de Futebol. Junto com o treinador, chegam os auxiliares Roberto Ribas e James Freitas.
“Você, como treinador, sempre busca o resultado, mas para mim é importante como você alcança isso. Um time que tenha competitividade para jogar sem perder a beleza do jogo. Você tem de ficar preocupado com a estética do jogo, o torcedor merece também. Muitas vezes as críticas que recebo pelo estilo de jogo que gosto se dá muito por tentar fazer um futebol moderno, mas eu discordo. Se voltar no tempo, a Academia de Futebol, com Ademir da Guia, tinha um jogo bonito e competitivo também”, declarou, valorizando o vitorioso passado alviverde.
“Tudo está muito ligado à história do clube. A Academia de Futebol do Palmeiras sempre teve um futebol competitivo e esteticamente bonito, com grandes jogadores e que venceu muito também. A forma como gosto de ver o meu time atuar remete bastante a isso”, falou. “Procurarei ter uma equipe equilibrada, e o Hino do Palmeiras já tem um lema de equipe equilibrada: ‘Defesa que ninguém passa, linha atacante de raça’… Isso já traduz muito o que um time tem de ser em campo, sempre respeitando a história do clube. O mais importante é ter a possibilidade de fazer isso desde o início com o entendimento de todos”, completou.
De olho na próxima temporada, Machado projetou a utilização do atual grupo verde e branco. “O Palmeiras sempre brigará por títulos, e a construção de uma equipe vitoriosa passa por ter jogadores com qualidade. Hoje temos 90% do elenco formado, as prospecções certamente serão do nível daqueles que estão aqui para cumprirmos uma maratona de jogos no ano que vem. Temos de levar o nome do Palmeiras para o mais alto possível”, disse. “Começaremos o planejamento cedo, com pré-temporada, grupo de trabalho, elenco e jogadores que voltam de empréstimo para definirmos a permanência ou não”, emendou o técnico, que dará uma atenção especial às categorias de base do Palmeiras.
“O trabalho com a base é fundamental, um Palmeiras que está disputando quase todas as finais de todas as categorias. Isso mostra que o trabalho está sendo bem realizado, e aí as coisas tendem a acontecer. A integração é grande, tenho por costume ter intercâmbio e conversar muito com os treinadores da base para ter uma linha de pensamento, entender como o clube funciona e ajudar neste processo de cima para baixo”, explicou.
Por fim, Roger Machado revelou que quase atuou com a camisa do Verdão quando era jogador. “Na primeira manifestação de interesse que o Palmeiras teve para me contratar como jogador, era um jogo entre Palmeiras e Grêmio no Olímpico, e o Roberto Carlos estava indo para o exterior. No intervalo, ele disse: ‘Roger, eu estou saindo e te indiquei para ser o meu substituto no clube’. Fiquei orgulhoso e feliz, um jogador que naquele momento estava despontando na Seleção, e um clube como o Palmeiras. Mais tarde, já como um jogador veterano e experiente, voltando de uma tentativa de jogar nos Estados Unidos, o Palmeiras fez contato comigo novamente, mas naquele momento eu já tinha definido que encerraria a carreira por causa de lesões. Disse que seria um prazer, mas que não poderia ajudar. Esta foi a última tentativa, tiveram outras no meio do caminho”, finalizou.
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