Mídia Palmeirense

Com empate contra América-MG, Verdão vai às quartas da Copa do Brasil

Após vencer o América-MG na partida de ida das oitavas, fora de casa, por 2 a 1, o Palmeiras garantiu a classificação às quartas de final da Copa do Brasil empatando por 1 a 1

Em partida no Allianz Parque, na noite desta quarta-feira (23), o Verdão sofreu um susto ao sair perdendo por 1 a 0 no primeiro tempo e buscou a igualdade no placar na etapa derradeira: 1 a 1. O gol que classificou o Alviverde foi marcado por Willian. O Alviverde agora irá disputar pela 15ª vez a fase das quartas de final da Copa do Brasil desde que estreou no torneio, em 1992 – vale lembrar que a Copa do Brasil existe desde 1989. O Palmeiras aguarda agora o sorteio a ser realizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na próxima segunda-feira (28), para conhecer seu adversário da próxima fase.

As outras 14 ocasiões em que o Verdão chegou a essa etapa do Nacional foram em 1992, 1993, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2004, 2010, 2011, 2012, 2015, 2016 e 2017. E o retrospecto nesta fase específica do certame aponta total equilíbrio: foram sete classificações e sete desclassificações.

O placar da partida diante do América-MG ajudou o Alviverde a ampliar vantagem histórica jogando na data de 23 de maio. Em todas as vezes nas quais entrou neste dia, foram nove vitórias, seis empates e uma única derrota em 16 jogos (34 gols marcados contra 13 sofridos).

Com o resultado desta quarta-feira (23), de quebra, o Verdão manteve uma marca invicta longeva. Em jogos válidos pela Copa do Brasil, a agremiação não perde no Estádio Palestra Italia (incluindo o período Allianz Parque, a partir de 2014) há 15 anos, desde 2003. Entre 2004 e 2018 – já incluindo a partida desta quarta-feira – foram 19 duelos disputados no local, com 13 vitórias esmeraldinas e seis empates (40 gols marcados e 15 sofridos).

E a manutenção da sequência invicta em casa pelo torneio nacional, de 15 anos, não foi o único trunfo alcançado pelo Verdão neste duelo diante do América-MG. O gol de Willian, único do time na partida, também fez com que o Alviverde chegasse ao seu 200º tento na história Allianz Parque, considerando apenas a configuração atual da moderníssima casa palmeirense (remodelada em 2014).

O palco do encontro entre as duas equipes, aliás, traz um histórico amplamente favorável ao Maior Campeão do Brasil. Já com o jogo de hoje, o Palmeiras jamais perdeu para o América-MG em seus domínios, considerando todas as formas físicas que o estádio já possuiu anteriormente. Foram seis jogos, com quatro vitórias e dois empates (13 gols marcados contra apenas três sofridos).

Meio-campistas, Felipe Melo e Bruno Henrique foram peças fundamentais na criação das jogadas palmeirenses. (Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

No retrospecto geral, o Verdão também leva vantagem sobre o América-MG – sem distinção de estádio ou competição. Em todos os jogos entre as duas equipes (23 no total), foram 12 triunfos palmeirenses, sete empates e quatro vitórias dos mineiros, sendo que o Alviverde balançou as redes adversárias 41 vezes e foi vazado em 23 oportunidades (já com os dados atualizados até a partida desta quarta-feira, 23).

E não são só os números coletivos que impressionam. Individualmente, jogadores tiveram o que comemorar. Além de ter marcado o gol 200 do Palmeiras no Allianz Parque, com a partida de hoje, o atacante Willian, se isolou ainda mais como o atleta palmeirense com mais jogos pelo clube na temporada de 2018: são, agora, 30 partidas entre jogos de Paulista, Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. Em seguida, no ranking dos que mais atuaram neste ano do atual elenco, estão Dudu, Antônio Carlos e Lucas Lima, ambos com 28 duelos.

O experiente zagueiro Edu Dracena é outro atleta que tem motivo de sobra para comemorar. Campeão brasileiro de 2016 pelo Verdão logo em seu primeiro ano no clube, o defensor vestiu hoje a braçadeira de capitão alcançou a marca de 83 jogos com o manto palestrino. Vale lembrar que, com essa quantidade de jogos que possui atualmente, o camisa 3 já ocupa de forma isolada a 9ª posição da lista de zagueiros que mais atuaram neste século. O próximo alvo de Dracena a ser alcançado em número de jogos é o zagueiro Alexandre, com 96 partidas. O líder deste ranking é Maurício Ramos, que atuou 191 vezes com a camisa palmeirense considerando duelos a partir de 2001.

Palmeirenses icônicos em Copas do Brasil

O goleiro Marcos é quem mais edições da Copa do Brasil disputou com a camisa do Palmeiras (nove no total e de forma consecutiva). O ex-volante Galeano, por sua vez, é o palestrino que mais vezes jogou (38), enquanto Velloso e o próprio Galeano são os que mais venceram – 22 triunfos. Na galeria dos treinadores, Luiz Felipe Scolari detém o maior número de jogos à frente da equipe alviverde na competição (44), sendo o treinador que mais venceu (26) – ele ainda faturou as taças de 1998 e 2012.

Edição com mais gols do Verdão na Copa do Brasil

Em 1996, o Palmeiras estabeleceu seu recorde de gols em uma mesma edição da Copa do Brasil: foram 26 bolas na rede em nove partidas disputadas (média de 2,8 por jogo). No mesmo ano, o time venceu o Sergipe-SE, fora de casa, por 8 a 0 – o triunfo representa a maior goleada da equipe na história do torneio. Os tentos neste jogo foram anotados por Luizão (4), Djalminha (2), Cafu e Rivaldo.

Agenda

O Palmeiras aguarda agora o sorteio a ser realizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na próxima segunda-feira (28), para conhecer seu adversário nas quartas de final. Enquanto isso, o Alviverde irá entrar em campo pelo Campeonato Brasileiro para enfrentar o Sport, pela 7ª rodada do Nacional, no próximo sábado (26), às 19h (de Brasília).

O jogo

Com Deyverson no ataque – principal novidade no time titular –, o Palmeiras fez um primeiro tempo sem grandes jogadas ofensivas que pudessem efetivamente assustar o rival. O Verdão até chegou a dominar o jogo durante os primeiros 25 minutos, mas viu seu adversário crescer na partida em alguns momentos pontuais.

Após algumas tentativas e o não acerto de detalhes pontuais do Palmeiras em momentos distintos da partida, o time do América-MG abriu o placar com Serginho, aos 37 minutos do primeiro tempo, após receber livre de Carlinhos, cara a cara com o gol, sem Jailson, que havia ficado no companheiro de time do autor do tento. (Palmeiras 0x1 América-MG)

O Palmeiras reagiu e criou algumas jogadas na sequência. A resposta veio com Keno, que partiu em velocidade pela direita, acionando Deyverson. O atacante palmeirense chegou a finalizar, mas o árbitro gaúcho Jean Pierre Goncalves Lima, no entanto, já havia marcado impedimento.

O Alviverde seguiu tentando vazar a meta adversária na busca do gol que lhe traria a classificação ainda na primeira etapa, mas sem sucesso. O primeiro tempo terminou com o placar em 1 a 0 para o América, e as equipes seguiram para o vestiário.

Para o segundo tempo, o Verdão voltou com o venezuelano Guerra no lugar de Deyverson. Após alguns minutos em campo, o Maior Campeão do Brasil começou a se soltar e pressionar o rival. Em pouco tempo, o Alviverde já tinha o domínio da partida e criava as melhores chances.

Aos 5 minutos, Diogo Barbosa cruzou rasteiro e Willian finalizou – a cobrança passou perto do gol de João Ricardo. Aos 16, Felipe Melo arriscou de longe e por pouco não marcou o primeiro do Verdão –neste mesmo minuto, saiu Lucas Lima para a entrada de Hyoran.

Mas foi aos 18 minutos do segundo tempo que veio aquele que seria o gol da redenção: Willian recebeu bola aérea de Marcos Rocha, após belo lançamento de Bruno Henrique. De cabeça, o dono da camisa 29 estufou as redes adversárias. (Palmeiras 1×1 América-MG)

Após o gol, o Verdão manteve a calma e o equilíbrio suficiente para conduzir a partida em ritmo cadenciado, mas nunca deixando de aproveitar as oportunidades de ataque. O sistema defensivo também se mostrou atento aos lances de perigo que pudessem ameaçar a área de Jailson.

Aos 32 minutos, Willian, autor do gol, deixou os gramados para a entrada de Papagaio. Desta forma, o Verdão ganhou fôlego novo no ataque e pôde marcar seu adversário no campo de defesa, passando a não mais dar espaço para que o time visitante criasse jogadas promissoras.

Apenas nos minutos finais foi que o Coelho, que já não tinha mais nada a perder, partiu com força total para atacar o Palmeiras, mesmo que sua defesa ficasse desarrumada posteriormente, facilitando um possível contragolpe palestrino. De certa forma, a equipe mineira até conseguiu exercer certa pressão nos derradeiros minutos da partida, mas, apesar dos quatro minutos de acréscimo concedidos pela arbitragem, a pressão não foi suficiente para sucumbir o Verdão, que ficou com a classificação para as quartas de final.