Por Gustavo Lo Re
Há alguns dias publiquei aqui no Mídia uma pequena análise que fizemos sobre as mudanças ocorridas no Allianz Parque sete meses após a sua inauguração. Separei a postagem em três categorias: “o que melhorou”, “o que piorou”, e “o que precisa ser melhorado”, e nelas discorri sobre os diversos produtos, serviços e atrações que nossa casa possui.
Ressaltamos ainda que realizamos contato com a assessoria de imprensa do Allianz e WTorre ao longo desta semana, foram muito atenciosos, porém não houve resposta e/ou posicionamento em tempo hábil para as questões. Além disso, os pontos que apresentamos foram verificados com mais de uma fonte, garantindo a veracidade e confiabilidade das informações.
O post em questão teve uma boa repercussão entre a coletividade palmeirense. Recebi alguns e-mails, comentários e mensagens particulares com elogios, críticas e sugestões sobre como o Palmeiras e a WTorre podem melhorar ainda mais aquilo que oferecem na Arena. O que me chamou mais a atenção, entretanto, foram algumas críticas um pouco mais fortes sobre o sistema de som e vídeo do estádio, onde a insatisfação da nossa torcida é bem clara nesses dois aspectos. Fui atrás para procurar saber exatamente o que acontece nesse setor do estádio, quais os motivos das reclamações, e o que estaria sendo feito para melhorar.
Atualmente, no Allianz Parque o sistema de broadcasting, nome dado para a transmissão de vídeo e áudio nos grandes eventos esportivos, é realizado pela empresa SP2, contratada pela WTorre para fazer esse tipo de serviço em nossa arena. Segundo informações, a SP2 possui uma parceria com a Estádio TV, um braço da Rede Globo destinado justamente a controlar os telões e sons dos estádios. A Estádio TV está presente em 8 arenas do país, e possui parceria com a SP2 em pelo menos quatro delas.
O que circula nas alamedas do clube é que a WTorre está atrasando os pagamentos para as duas empresas, sendo essa a causa não só da ausência dessas empresas por dois jogos do Palmeiras nesse ano, mas principalmente pela má prestação dos serviços de som e vídeo no estádio.
Como é de conhecimento de todos, da inauguração contra o Sport para cá o sistema de som do estádio piorou bastante, sendo que as suspeitas de que algumas caixas estão desligadas durante os jogos do Palmeiras foram confirmadas. Quanto ao telão, também é notória a imparcialidade e “frieza” do mesmo com relação ao Palmeiras, além da famosa demora na prestação das informações – e isso, justiça seja feita, independe da WTorre estar em dia com as suas obrigações ou não, já que trata-se única e exclusivamente da falta de qualidade no serviço feito pela dupla SP2/Estádio TV.
O problema é que o maior lesado nessa confusão toda é justamente o Palmeiras, uma vez que apesar de ser o dono do estádio, por força de contrato é obrigado a assistir quieto tanto a construtora deixar de honrar seus compromissos com os fornecedores, como ainda aguentar uma prestação de serviço simples e que nem chega aos pés da altura do nosso clube – não à toa, o único ponto de destaque e unanimidade na nossa torcida é justamente o locutor do telão por simplesmente fazer o seu trabalho demonstrando claro amor ao clube.
Sabemos da dificuldade que nossa Diretoria tem em tratar dos assuntos relacionados ao estádio com a construtora, mas não podemos nos omitir, devendo sim mostrar nossa insatisfação tanto com relação a ela, WTorre, quanto com relação às suas parceiras, no caso a SP2 e a Estádio TV, uma vez que estando ali para fornecer um serviço, o mínimo esperado é que se faça com qualidade e paixão – até porque, o que não falta é palmeirense com conhecimento para realizar um trabalho com mais amor e dedicação do que os “profissionais” que ali estão.